Gasolina sobe além do esperado, vai a R$ 6,19 e surpreende brasiliense
O aumento nos preços dos combustíveis nesta quarta-feira (10/7) assustou não só clientes, mas funcionários dos postos também
atualizado
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O preço do litro da gasolina aumentou, em média, R$ 0,30 em postos do Distrito Federal. O aumento acima do esperado, que era de R$ 0,20 (e de R$ 0,10 no etanol), surpreendeu motoristas e deixou postos de combustíveis “às moscas” na manhã desta quarta-feira (10/7).
Funcionários de postos que costumavam amanhecer já com um alto movimento, de 30 a 50 veículos, relataram à reportagem ter atendido menos de dez carros nas primeiras horas do dia.
A situação contrasta com a observada na noite dessa terça-feira (9/7), quando vários motoristas aproveitaram para encher o tanque antes do temido aumento dos preços.
Um posto no Eixinho Norte, no Plano Piloto, por exemplo, registrou um aumento nas vendas de 15% no dia anterior ao reajuste dos preços, quando a gasolina era vendida a R$ 5,89 o litro.
“A gente espera que até o final de semana a situação regularize. Enquanto isso, a gente procura estratégias para não perder os clientes, como tentar fazer descontos para os taxistas e motoristas de aplicativo”, relatou o gerente de um posto da região.
Aumento dos Combustíveis
Motoristas se assustaram com o preço médio do litro chegando a R$ 6,19 na gasolina e R$ 4,19 no etanol – isso sem contar os postos que aplicam tarifas ainda mais altas em pagamentos no cartão de crédito.
Paulo Silva, 40 anos, é motorista de aplicativo e optou por um carro flex para tentar equilibrar os custos em combustível com o valor final das corridas. Porém, após observar um aumento de quase R$ 0,30 no etanol, ele fica sem saber qual a solução para manter o faturamento no final do mês.
“Não tem para onde fugir, né? O jeito vai ser rodar mais e ver como vai ficar as contas no fim do mês”, relatou.
Analice da Costa, 27 anos, optou em se mudar para mais perto do trabalho para diminuir os gastos com a gasolina. Para a bancária, foi um investimento que aliviou, e muito, as depesas.
“Agora eu e meu marido abastecemos a metade do que a gente costumava. E, na hora desses aumentos, o impacto no bolso é bem menor”, avaliou.