Gabriel Luiz: PCDF conclui inquérito e aponta tentativa de latrocínio
Polícia ouviu mais 16 testemunhas do caso e o jornalista. Segundo os investigadores, todos os depoimentos corroboram a tese apresentada
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) ouviu mais 16 pessoas envolvidas no esfaqueamento de Gabriel Luiz, 28 anos, repórter e editor da TV Globo. Segundo o delegado Douglas Fernandes, da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), que investiga o caso, as testemunhas reforçaram a tese de que o ocorrido foi uma tentativa de latrocínio.
“Ouvimos no total 16 pessoas, inclusive a mãe do menino de 19 anos, que explicou a quantidade de euros que ele portava. Ela mostrou um recibo do montante comprado em 2020 para uma viagem para a Europa. Conseguimos comprovar a tese de latrocínio. Não houve nada que pudesse dar indício de outra coisa”, disse o delegado em coletiva realizada nesta segunda-feira (25/4).
O inquérito já foi concluído e enviado ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), mas os agentes ainda precisam verificar o celular de José Felipe Leite Tunholi, 19 anos, um dos autores. Segundo Douglas Fernandes, os acusados se mostraram arrependidos do crime.
Ele reiterou que os rapazes usaram rophynol antes de esfaquearem Gabriel. “Amigos confirmaram que os dois usaram rophynol. O maior [o de 19 anos] já foi internado 3 vezes por uso de drogas, e já foi expulso várias vezes de escolas no DF”, afirmou.
O crime
A PCDF prendeu os dois suspeitos de terem atacado Gabriel Luiz com pelo menos 10 facadas. Os criminosos foram levados à delegacia na sexta-feira (15/4), menos de 24h após o crime. A corporação confirmou que o caso se trata de uma tentativa de latrocínio.
Em entrevista coletiva, o delegado Petter Fischer Ranquetat, também da 3ª DP, disse que José Felipe Leite Tunholi e o comparsa, de 17 anos, viram no jornalista uma potencial vítima e decidiram assaltá-lo.
Mãe de rapaz que esfaqueou Gabriel Luiz relatou à PCDF origem de euros
“Eles não conheciam o Gabriel. Só depois viram quem era a vítima e a repercussão do caso. O maior fez planos de fugir para Paracatu (MG), mas conseguimos evitar e detê-lo”, ressaltou Petter. Para fugir, José teria furtado 550 euros da mãe.
Antes de saber do crime contra o filho, a mãe do jornalista, a empresária Cacia Attias, afirmou ter sonhado com um anjo que tinha a asa ferida.
“Dois dias antes de acontecer, eu sonhei que um anjo tinha caído na minha varanda com a asa ferida, e eu queria ajudá-lo a voltar a voar. Foi um sonho muito real, mas na hora a gente não sabe o que significa”, disse.
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