Fugitivo incluído na lista da Interpol vai ser julgado no Gama
Kelven Moreira responde por dois crimes: um de tentativa de homicídio e outro de homicídio qualificado
atualizado
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Kelven Moreira da Silva será julgado pelo Tribunal do Júri do Gama, nesta sexta-feira (22/9), por tentativa de homicídio contra uma mulher. Kelven, à época do crime com 18 anos, efetuou disparos de arma de fogo contra a jovem, que sobreviveu. Ele estava acompanhado de dois menores de idade.
O suspeito também será julgado por homicídio qualificado, ocorrido em 2016, em 10 de novembro. Na ocasião, ele e dois adolescentes atingiram um homem com diversos golpes com instrumento cortante. O homem não resistiu e faleceu.
Kelven fugiu para Paris, França, depois de cometer o segundo crime, mas foi descoberto por meio de suas postagens nas redes sociais. O nome dele foi inserido na lista de difusão vermelha da Interpol, conhecida como Red Notice. A inclusão na lista ocorre quando existe um mandado de prisão expedido por autoridade brasileira contra o fugitivo.
O homem foi preso em Paris em 2019, no dia 28 de março. Em fevereiro de 2020, a Justiça francesa deu luz verde à extradição do acusado para o Brasil. Kelven recorreu mas acabou sendo extraditado para o Brasil em 6 de janeiro de 2023.
Primeiro crime
No dia 11 de outubro de 2015, por volta das 16h, Kelven e os menores efetuaram disparos de arma de fogo contra uma mulher, em um beco entre duas casas no Setor Oeste do Gama. A vítima ficou gravemente ferida, mas recebeu atendimento médico e sobreviveu.
Para o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o crime foi praticado por motivo fútil, já que Kelven tentou matar a mulher apenas porque assumiu que ela teria pegado seu celular. Além disso, a vítima foi arrastada pelos três jovens, agredida e rendida pelos disparos.
Segundo crime
Com o auxílio de outros dois adolescentes, Kelven aplicou golpes contra a vítima Állef Luan da Silva, matando-a. O crime aconteceu por volta das 5h30 do dia 16 de junho de 2016, na Vila Roriz, Setor Oeste do Gama.
Kelven, a vítima e os adolescentes confraternizavam na casa de uma mulher no dia do crime, conforme investigações. Quando a vítima manifestou interesse em se relacionar amorosamente com uma das convidadas, iniciou-se uma discussão. Para a promotoria de Justiça, o crime foi cometido por motivo torpe: vingança, já que o criminoso tinha uma rixa anterior com a vítima.
Além disso, o crime foi cometido com meio cruel, pois foram aplicados muitos golpes, o que causou sofrimento excessivo na vítima. O recurso utilizado dificultou a defesa da vítima, pois ela confraternizava com os acusados, quando foi surpreendida e atacada.