Frente Nacional de Luta invade Ministério do Desenvolvimento Agrário
Grupo quebrou uma vidraça da portaria e se concentrou no oitavo andar do prédio. Intenção é permanecer no local até conseguir reunião com o governo
atualizado
Compartilhar notícia
Depois de ocuparem o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a sede da Terracap e o Ministério das Cidades na segunda-feira (1º/2), integrantes da Frente Nacional de Luta (FNL) invadiram, na madrugada desta terça (2), o Ministério do Desenvolvimento Agrário, na Esplanada dos Ministérios. Durante a ocupação, vidraças na portaria do prédio foram quebradas. O grupo deve permanecer no local até que consiga uma reunião com representantes do governo federal.
Por volta das 7h desta manhã, o grupo que ocupava a sede da Terracap e protestou no Ministério das Cidades na segunda-feira, seguiu para a Rodoviária do Plano Piloto, onde queimaram pneus. Eles seguiram para o Ministério do Desenvolvimento Agrário para se juntar aos integrantes que ocupam o prédio desde a madrugada.O grupo fechou a via S1, altura da rodoviária, no sentido Congresso Nacional. O trânsito ficou complicado na região até as 8h. Os carros que seguiam para a Esplanada dos Ministérios foram desviados para a Asa Sul. A Polícia Militar foi acionada.
Eles reivindicam o assentamento das cerca de cinco mil famílias que estão acampadas hoje no DF, a demarcação das terras dos povos indígenas e a legalização das terras dos quilombolas.
No ministério
Segundo integrantes do movimento, cerca de 400 pessoas estão no ministério desde as 4h. A Polícia Militar estima que são cerca de 100 manifestantes. Eles estão concentrados no oitavo andar, mas ocupam todo o prédio. De acordo com representantes do movimento, o pavimento é onde o ministro realiza os despachos e, por isso, foi escolhido. “Hoje com certeza os servidores não trabalham”, afirmaram ao Metrópoles.
Em outubro do ano passado, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) invadiram o prédio do Incra, tendo em pauta praticamente as mesmas reivindicações. À época, o grupo quebrou vidros e impediu a entrada de servidores no local.