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Frente evangélica da CLDF quer Parada LGBT fora do calendário

Reação de deputados religiosos ocorre um dia após o governador sancionar lei que inclui evento na lista de comemorações oficiais da capital

atualizado

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Distritais da bancada evangélica da Câmara Legislativa querem a revogação da lei que inclui a Parada do Orgulho LGBTS (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e simpatizantes) no calendário de eventos do Distrito Federal.

O projeto de lei, de autoria do deputado Chico Vigilante (PT), foi sancionado na terça-feira (14/04) pelo GDF. Nesta quarta (15/04), os religiosos se manifestaram.

A proposta de revogação partiu dos deputados Rodrigo Delmasso (Republicanos), Iolando Almeida (PSC), Martins Machado (Republicanos), Rafael Prudente (MDB) e Valdelino Barcelos (PP).

Na justificativa, os proponentes afirmam que “a parada fere os princípios basilares da fé, especialmente os consagrados pelo cristianismo, uma vez que durante esses festivais utilizam os símbolos religiosos de forma escandalosa e indecorosa, afrontando os pilares cristãos”.

De acordo com um representante da Frente Parlamentar Evangélica, quando foi aprovado o projeto, o quórum era muito baixo e, por esse motivo, não passou pela devida discussão. Como o governador Ibaneis Rocha (MDB) não vetou o texto, o grupo decidiu apresentar a proposta de revogação.

O autor do projeto contesta. “Todos eles estavam em plenário e não questionaram a matéria. É estranho que eles façam isso agora. Assim como tem o dia do evangélico, este é um dia de combate à homofobia”, disse Chico Vigilante.

O deputado Rodrigo Delmasso rebateu a questão e disse que a atitude é em prol da “família tradicional”.

“A frente não é e nunca foi homofóbica. Só achamos que incluir no calendário do DF um evento que propaga a pornografia e afronta a família tradicional não é o que a maioria das pessoas do DF querem. Se o evento fosse somente de cunho cultural, sem problemas. Mas sabemos que não é”, destacou Delmasso.

Tempo

Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa (CDH), Fábio Felix (PSol), primeiro distrital assumidamente gay, a proposta não pode ser votada ou sequer apresentada, por ter sido aprovada na mesma legislatura. “Esse projeto expressa a intolerância e o ódio contra a população LGBT”, criticou.

A parada gay é realizada anualmente no mês de junho, em referência ao Dia Internacional do Orgulho LGBT, comemorado no dia 28 do mesmo mês.

O diretor da Aliança Nacional LGBT, Michel Platini, protestou contra a medida. “A bancada evangélica mais uma vez destila o seu ódio contra a população LGBT e apresenta projeto para revogar a Lei que inclui Parada do Orgulho LGBTS de Brasília no calendário oficial de eventos do DF. Não vão nos calar”, declara.

Proposta de Revogação do Dia do Orgulho LGBTQ by Metropoles on Scribd

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