França também recomenda a turistas evitar “satélites” de Brasília
Segundo ministério do país europeu, áreas mais críticas são Brazlândia, Ceilândia, Sobradinho, Planaltina e Taguatinga
atualizado
Compartilhar notícia
Não são apenas os Estados Unidos que recomendam a turistas e autoridades norte-americanas cuidado com pontos considerados perigosos no Distrito Federal: Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá, segundo documento elaborado pelo Departamento de Estado dos EUA. A França também orienta seus cidadãos a evitar áreas apontadas como as “satélites” da capital.
Ainda assim, recomenda-se atenção redobrada em ruas isoladas e ao sacar dinheiro em caixas automáticos. A página diz ainda que há muitos relatos de roubos à mão armada no transporte público local.No site do órgão francês equivalente ao Ministério das Relações Exteriores, as autoridades do país europeu ressaltam que áreas como Plano Piloto, Lago Sul e Lago Norte têm maior presença das forças de segurança.
O maior perigo, contudo, se refere às cidades chamadas no site de “satélites”, e cita: “Brazlândia, Ceilândia, Sobradinho, Planaltina e Taguatinga”, onde é recomendada “grande prudência”. A página ressalta que todas as informações divulgadas encontravam-se válidas na data desta quinta-feira (11/1).
Além do Distrito Federal, outras localidades são mencionadas pelos franceses: a Região Nordeste, com atenção especial para Recife e Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo.
Estados Unidos
A lista divulgada pelo governo francês tem pouca diferença em relação ao documento elaborado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos. O DF está na lista de risco. O alerta para turistas e autoridades norte-americanas vale para as “favelas” – como trata o documento – de Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá.
Em termos de ameaça à segurança, as quatro regiões administrativas foram vistas sob a mesma ótica (nível 2) de países europeus que sofrem ataques terroristas.
De acordo com o texto, as “favelas” são “zonas de crime”. A recomendação é para que as cidades brasilienses sejam evitadas no período entre 18h e 6h.
“Não viaje para as áreas de favela, onde as polícias local e militar não operam, mesmo numa visita guiada. Nem as empresas de turismo nem a polícia podem garantir sua segurança ao entrar em favelas, como, ocasionalmente, confrontos entre facções e com a polícia podem ultrapassar os confins das favelas”, alertam os EUA.
A publicação é incisiva quanto ao perigo: “Exceto em circunstâncias limitadas e com aprovação prévia, funcionários do governo americano podem visitar” esses locais.
GDF critica lista
Após o Metrópoles publicar a lista dos EUA, o Governo do Distrito Federal (GDF) divulgou nota na qual rechaçou os alertas dos norte-americanos. Segundo o governo local, a realidade da segurança das quatro cidades mencionadas não pode ser comparada a outras localidades violentas no Brasil e no exterior.
“Nelas vivem cerca de 600 mil habitantes, que trabalham, estudam e convivem em situação de absoluta normalidade. Como em qualquer cidade no mundo, ocorrem crimes, mas tudo dentro da normalidade”, destacou, em nota, o Palácio do Buriti.