Fotos: projeto promove baile de debutantes para jovens do Sol Nascente
Evento, organizado por voluntários, aconteceu na tarde de domingo (15/12), em Vicente Pires. Vinte e três adolescentes foram homenageadas
atualizado
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Localizada a cerca de 35 quilômetros do centro de Brasília, capital da República, o Sol Nascente – uma das regiões mais vulneráveis do Distrito Federal – atraiu o olhar solidário de um instituto que tem como principal objetivo levar esperança a famílias carentes.
Desde fevereiro deste ano, o Instituto Mãos Solidárias mantém um projeto social que beneficia 23 adolescentes carentes. Durante 10 meses, essas jovens passaram por uma espécie de imersão ao participarem de oficinas que abordaram temas como família, sexualidade e construção de amizades saudáveis. Após o período, uma novidade as aguardou: o tão sonhado baile de debutantes, com tudo pago.
Organizado por uma rede de voluntários, o evento, que aconteceu na tarde de domingo (15/12), no espaço Vila Régia, em Vicente Pires, foi marcado por muita alegria e comoção. Além das debutantes, que recém completaram 15 anos, familiares das jovens também se debruçaram em lágrimas ao assistirem a felicidade e conquista das adolescentes.
“A minha Sâmia nunca irá se esquecer desse momento. Nossa família também não esquecerá dos anjos que Deus escolheu para fazer com que esse sonho se tornasse realidade”, disse Dayanne da Silva Dias, 32 anos, mãe da debutante Sâmia Manuelly, de 15.
“Hoje meu coração transborda de gratidão ao Instituto Mãos Solidárias, que realizou o sonho da minha filha ao proporcionar uma festa de 15 anos linda e inesquecível. O instituto não apenas organizou uma celebração, mas também encheu nossos corações de alegria, esperança e amor”, pontuou Dayanne.
Aguardado por muitas meninas, o baile de debutantes marca ao fim da infância e simboliza o reconhecimento da trajetória e conquistas das adolescentes. Conforme informado pela gestão do Mãos Solidárias, ao pensar em propiciar o evento, o projeto ofereceu às menores um diferencial motivador: aquelas que participassem de todas as oficinas ao longo do ano seriam homenageadas na memorável festividade.
Apesar do incentivo, Juliana Nunes, coordenadora do projeto, disse que o baile “não foi apenas uma festa”, mas “um símbolo de esperança, resiliência e compromisso com um futuro melhor para as jovens e para toda a comunidade”.
“O impacto foi extraordinário. Com 100% de frequência nas oficinas, ficou evidente o quanto essas jovens ansiavam por orientação, acolhimento e esperança. Durante o ano, vimos transformações significativas em suas vidas, com reflexos na autoestima, nos relacionamentos familiares e na visão de um futuro mais promissor”, declarou Juliana.
Para a debutante Victória Pinheiro, de 15 anos, o projeto não apenas a presenteou com conhecimento, mas também mudou a forma dela de pensar.
“O recado que eu gostaria de passar para as pessoas é que jamais desista dos seus sonhos. Seja ele no mínimo ao máximo, se eu conseguir ter uma festa linda com as minhas amigas, vocês também conseguem. Eu desejo que cada uma [das debutantes] realizem seus sonhos, objetivos e que, de alguma forma, o projeto possa ter mudado os pensamentos negativos. Nunca esqueçam que o futuro depende de cada uma de nós”, afirmou a adolescente.
Para o evento, o Instituto Mãos Solidárias contou com o apoio do trabalho voluntário de empresas que cederam às meninas vestidos, maquiagens, comida, espaço, entre outros.