Fotos fofas: filhote de cervo-do-pantanal ganha mamadeira no DF
Dudu foi resgatado aos dois meses no Mato Grosso e vai contribuir para a conservação da espécie no Zoológico de Brasília
atualizado
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O filhote de cervo-do-pantanal, de 1,20cm e 35kg, recebe cuidados especiais no Jardim Zoológico de Brasília. Órfão, uma equipe do Zoo, em conjunto com órgãos ambientais, se deslocou por mais de 1 mil quilômetros para resgatar Dudu, cuja espécie está ameaçada de extinção.
Ele chegou ao Zoo em fevereiro por recomendação do programa de conservação da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab). Atualmente, recebe todos os cuidados neonatais no hospital veterinário para que se desenvolva bem e saudável.
Por ser filhote, ele consome duas mamadeiras por dia, além de alimentos sólidos, como folhas e frutas. Com o planejamento alimentar, Dudu se desenvolve bem, com ganho de 1kg a 2kg por semana.
Veja fotos:
Risco de extinção
A fragmentação do habitat do cervo-do-pantanal, em consequência do desmatamento, assim como a transmissão de doenças trazidas pelo gado doméstico, está entre as principais ameaças à espécie, o que a deixa ameaçada de extinção pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio) e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
O cervo-do-pantanal é considerado o maior cervídeo da América do Sul, podendo atingir a marca de 1,90cm de comprimento e de altura, quando adulto. Trata-se de um território que sofre forte pressão do desmatamento devido ao crescimento da agricultura e da pecuária, cenário comum nas principais áreas remanescentes em que a espécie ainda existe.
Cervo-do-pantanal
Estima-se que existam cerca de 25 mil cervos-do-pantanal no Brasil e 2 mil na Argentina, de acordo com o ICMBio e a UICN. Não se sabe quantos há no Paraguai e Peru, mas presume-se que a população não seja grande. A espécie é considerada extinta no Uruguai desde 1958.
Assim como o nome diz, é um animal que gosta de regiões alagadas. A área de ocorrência original era do norte da Argentina até a fronteira do cerrado com a Amazônia, quase sempre associado a brejos, beiras de rio, pântanos e outros tipos de habitats alagados, mas, hoje, devido à pressão humana, está quase exclusivamente limitado ao Pantanal mato-grossense.