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Fotos: ala de hemodiálise do HRT tem buraco no teto e fungos na parede

Segundo profissionais de saúde que trabalham no local, problemas na estrutura podem prejudicar pacientes renais

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Hospital Regional de Taguatinga (HRT)
1 de 1 Hospital Regional de Taguatinga (HRT) - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os pacientes do principal centro de diálise do Distrito Federal sofrem com falta de estrutura. O setor de nefrologia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) está com parte do forro do teto aberto: os fios estão expostos e problemas de infiltração e fungos também atingem a cobertura da unidade de saúde. Segundo trabalhadores de saúde ouvidos pelo Metrópoles, o local é inadequado para receber pacientes com complicações renais.

Ainda de acordo com os profissionais de saúde, o setor não conta com respiradores e já sofreu com problemas de surto de escorpião, os quais teriam vindo de um matagal que fica atrás da unidade de saúde. O centro de diálise do hospital é no subsolo, e o gesso do local apresenta infiltração, o que permite a proliferação de fungos. “As paredes estão cheias de mofo há quase um ano. Isso é insustentável, pode gerar graves doenças pulmonares”, disse um trabalhador da unidade.

Os fungos estão presentes inclusive na sala em que se guardam materiais e remédios. O setor de nefrologia do HRT atende 72 pacientes fixos ao mês, mais aqueles que são encaminhados pelas unidades de pronto atendimento (UPAs) da região.

Vejas fotos do local:

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Funcionários colocaram baldes sob as goteiras
Trabalhadores de saúde se preocupam com a integridade física dos pacientes
Um pedaço do teto chegou a cair: pacientes passam por ali
Fios estão expostos na unidade de saúde
Pedaço de gesso pende do teto
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Goteiras são problemas sérios para pacientes renais

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Funcionários colocaram baldes sob as goteiras

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Trabalhadores de saúde se preocupam com a integridade física dos pacientes

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Um pedaço do teto chegou a cair: pacientes passam por ali

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Fios estão expostos na unidade de saúde

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Pedaço de gesso pende do teto

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Até a sala onde se guardam equipamentos e remédios está tomada pelo mofo

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SES afirma que precisa consertar os andares superiores antes de consertar a nefrologia

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Setor fica no subsolo do HRT

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Mofo nas paredes do setor

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O mofo é grave problema para a saúde de trabalhadores e pacientes

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Segundo a equipe do hospital, a Diretoria de Vigilância Sanitária em Saúde (Divisa) afirma que vai resolver o problema, mas que antes precisa consertar os pisos superiores da unidade de saúde. Apesar da falta de condições, os trabalhadores sentem serem pressionados por melhores resultados. “Existe pressão para ter diálise noturna, os repousos [como feitos agora] são insustentáveis”, disse um profissional.

O local lida ainda com goteiras, que põem em risco a integridade física dos pacientes. “Doentes crônicos dos rins têm problemas ósseos, um paciente desses, se escorrega e cai, ele nunca mais se recupera”, explicou um entrevistado. “Em alguns casos, os pacientes chegam a morrer, pode ser fatal. A segurança do paciente é inegociável”, concluiu.

No momento, a equipe médica colocou seis baldes no setor, para impedir que a água da chuva não caia pelas goteiras, deixando o piso molhado.

Vulnerabilidade

O setor de nefrologia é onde os pacientes são submetidos a sessões de hemodiálise. Segundo o Ministério da Saúde (MS), a “hemodiálise é o procedimento através do qual uma máquina filtra e limpa o sangue, fazendo parte do trabalho que o rim doente não pode fazer”.

De acordo com levantamento da Sociedade Brasiliense de Nefrologia (SBNDF), 1.995 pessoas no Distrito Federal dependem desse procedimento, pois os rins não funcionam. Ainda segundo a entidade, esses pacientes estão mais expostos à contaminação pela Covid-19 e com maior risco de agravamento do quadro de saúde caso peguem a doença.

Outro lado

Procurada, a Secretaria de Saúde (SES) afirmou que a Superintendência de Saúde da Região Sudoeste – que inclui Taguatinga – iniciou, na semana passada, obras de manutenção no telhado do HRT, para eliminar vazamentos e problemas nas calhas. Segundo a pasta, após a conclusão desses reparos serão feitos os serviços de substituição de forros e pintura dos setores.

A SES disse ainda que a nova gestão da região realizou um amplo levantamento das condições da estrutura física de todo o hospital e, a partir disso, começarão a ser executadas as obras, com supervisão da equipe de engenharia.

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