Fotógrafa do DF é a 1ª brasileira a ter obra em site internacional
Imagem registrada por Pri Vallone em um casamento com chuva no DF em 2021, foi publicada na plataforma internacional “How i shot this”
atualizado
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A fotógrafa brasiliense Pri Vallone, de 28 anos, é a primeira mulher brasileira a ter uma foto publicada em uma plataforma internacional que reúne os nomes dos maiores fotógrafos de casamento do mundo.
Ao Metrópoles, a profissional relatou a emoção que sentiu ao ser reconhecida pelo trabalho que desempenha e por poder levar o nome de Brasília para o cenário mundial.
De acordo com Vallone, o site “How i shot this” é uma plataforma de ensino para fotógrafos do mundo inteiro. Eles geralmente encontram e selecionam fotos incríveis pelo Instagram e entram em contato com os responsáveis.
“Nós postamos no perfil e marcamos o perfil deles ou a hashtag #howishotthis e dessa forma eles nos visualizam”, explica.
“Como o nome sugere, eles querem saber como a foto foi feita. Então, após eles verem a foto do casamento que fiz na chuva, eles quiseram saber como a fiz. É bem detalhado mesmo, precisei responder um questionário enorme falando qual câmera usei, qual lente, qual configuração, como estava a luz, como foi feita a edição. Isso serve para que os alunos que assinam a plataforma possam estudar a respeito daquela foto. Além disso, eles nos pagam € 50 euros pela foto e por compartilhar as informações”, descreve Pri.
A foto reconhecida internacionalmente foi tirada por @privallonefotografia durante a cerimônia de casamento repleta de símbolos judaicos, de Carol Sacramento e Vítor Guilherme, em 10 de outubro de 2021, na chácara Recanto da Reconciliação, em Samambaia Sul.
Veja a publicação no Instagram com a imagem que foi parar na plataforma internacional:
Ver essa foto no Instagram
Chuva cai durante casamento e fotos da cerimônia ficam incríveis
Veja a sequência dos registros fotográficos de Pri Vallone no casamento:
A publicação na plataforma aconteceu em 7 de dezembro do ano passado.
“Não é um prêmio, mas pra mim é como se fosse, é um orgulho muito grande o reconhecimento de um trabalho meu estar ao lado de fotos de fotógrafos (as) do mundo inteiro, renomados e que cresci na fotografia tendo eles como referência. E mais ainda quando o Shayne (responsável pelo site) relatou que eu ter sido a primeira fotógrafa brasileira a ter uma foto publicada”, comemora a profissional.
Representatividade
Nesta primeira semana de fevereiro, Pri ministrou um workshop no DF, com a presença do casal da foto.
“A foto em si, de um casamento na chuva, tem rodado o mundo desde a publicação dela em outubro. Tenho um imenso amor por essas fotos e pelo casal Carol e Vitor, que depois nos tornamos grandes amigos. Eles foram noivos novamente, dentro do workshop que ministrei. O “casal da chuva” como são conhecidos, casaram de novo em 3 de fevereiro de 2022, dessa vez com um por do sol fantástico na Villa Giardini, no Lago Norte”, conta.
A fotógrafa está orgulhosa de si mesma por alcançar destaque internacional.
“Muitas vezes não é fácil ser mulher nesse mercado, temos tão poucas mulheres reconhecidas como referência no mercado da fotografia de casamento (que é o meu mercado) em comparação ao mar de fotógrafos homens renomados. Sem dúvidas ter o meu nome aparecendo em locais como esse site e tantos lugares como foi com a repercussão dessa foto, foi um orgulho sem tamanho. Sinto uma alegria imensa de estar construindo esse caminho. É muito amor, muita luta, muitos desafios até chegar aqui.”
A jovem é mãe de um bebê de 1 ano e meio que nasceu no auge da pandemia da Covid-19. Ela divide a rotina de trabalho com os cuidados do filho Zack.
“A cobrança em uma mulher profissional é enorme. O trabalho é dobrado. E o reconhecimento é mínimo. Eu queria que a gente como sociedade olhasse as mulheres, mães, com mais compaixão e respeito. Mesmo jovem, mãe de um bebê, mesmo numa pandemia, com tantos desafios emocionais, eu estou aqui imensamente feliz e orgulhosa de alcançar um destaque internacional. Me emociono ao falar porque nos últimos três dias eu realizei um workshop em que ouvi de todas as alunas que e eu era inspiração para elas, e isso pra mim não há dinheiro ou prêmio que pague”, finaliza.
