Força-tarefa faz blitz no Parque da Cidade para fiscalizar uso de máscara
Várias equipes do GDF explicam para frequentadores importância do equipamento contra o coronavírus e distribui a proteção facial
atualizado
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Os frequentadores do Parque da Cidade dividem espaço com a fiscalização do GDF que observa o uso de máscaras para quem passa pelo local. Apesar da promessa do governador Ibaneis Rocha (MDB) e do secretário de Saúde, Francisco Araújo, de maior rigidez na cobrança do equipamento contra o contágio do novo coronavírus, a força-tarefa montada no principal espaço verde do centro de Brasília faz mais o trabalho de conscientização e distribuição.
A atuação ocorre depois de denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) de que o Parque da Cidade é onde o brasiliense mais desrespeita a obrigatoriedade de uso de máscaras. São duas equipes na área, formadas pelo pessoal do DFLegal, Secretaria de Governo, Vigilância Sanitária, Secretaria de Esporte e Polícia Militar (PMDF).
Francinaldo Conceição, auditor do DFLegal, comenta que a ação não é para atrapalhar aos frequentadores do Parque da Cidade. “Estamos imbuídos do objetivo de contribuir ao máximo com a diminuição do número de casos (da Covid-19). Esse trabalho de orientação é crucial, pois sem a conscientização da comunidade em geral, esse trabalho é inócuo”, frisa
Na manhã desta sexta-feira (17/7), uma das equipes estava na entrada onde fica o parque de diversões Nicolândia. Outra se encontrava no estacionamento 10, do Pedalinho. Mas elas vão mudando de lugar conforme o passar do dia. A ação ocorrerá também amanhã, com a expectativa de que 10 mil máscaras sejam entregues nos dois dias.
Ação elogiada
Apesar da presença dos fiscais, algumas pessoas insistiam em usar a máscara de forma inapropriada. Mas a maioria acredita que a utilização do equipamento é fundamental. Para o casal Nalva Valério, 53 anos, e Denis Vieira, 52, a ação é muito positiva. “Além de obrigatório (o uso da máscara), é a primeira arma que temos para combater a pandemia”, afirma Denis.
Nalva conta que ela e o marido frequentam outros parques no DF, como o Olhos D’Água, na Asa Norte, e do Tororó, e diz que a adesão no uso de máscaras é “total”.
Apesar disso, o auditor Francinaldo Conceição alega que a blitz realizada no maior parque urbano do mundo se dá pelo alto número de relatos de frequentadores sem o equipamento. “Algumas pessoas alegam dificuldade de respirar na hora do exercício, e é para essas pessoas o trabalho de conscientização”.
O primeiro trabalho da força-tarefa é abordar pessoas sem máscaras e alertar sobre o perigo de contaminação pela Covid-19. Se houver resistência, o frequentador será multado em R$ 2 mil.
Desrespeito
Funcionário da administração do Parque da Cidade, Igor Shiratori comemora a presença dos fiscais. “As pessoas escolhem fazer errado, não é falta de informação. A gente não tem o poder de tomar medidas punitivas”. Igor ainda relata desrespeito por parte dos que não utilizam o equipamento de proteção, que a justificam por causa da atrapalhar a atividade física, o que, para ele, é descabido.
“A saúde é mais importante que a performance”. O assessor, que utiliza bicicleta para circular no parque, diz que são justamente os ciclistas os que mais desobedecem o decreto que obriga o uso das máscaras. “Como tá passando rápido, o ciclista é grosseiro e, muitas vezes, nem máscara trás. Da hora que cheguei, uns 4 passaram por mim sem qualquer indício de máscara”.
E para mostrar que o uso do equipamento é fundamental em qualquer situação nesta época de pandemia, vale até fazer ensaio fotográfico. Em frente ao monumento Eduardo e Mônica, os recém-casados Wesley e Aline de Lima posam para o álbum de casamento. Desta vez, com outro objeto obrigatório, além das alianças: as máscaras.