Força-tarefa do MPDFT pede esclarecimentos sobre variantes da Covid-19
Em ofício, órgão questiona sobre contratação de instituições para a genotipagem de cepas da doença em circulação no DF
atualizado
Compartilhar notícia
A força-tarefa do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que fiscaliza as medidas de combate à Covid-19 emitiu ofício à Secretaria de Saúde (SES) pedindo esclarecimentos sobre a chegada ao DF de variantes do vírus e as medidas adotadas para combater sua transmissão.
No documento, os promotores questionam se houve, até o momento, algum caso confirmado, ou em estudo, de paciente infectado no DF ou reinfectado por alguma variante do vírus em Brasília.
A SES também foi perguntada sobre a existência de convênio ou contratação com outras instituições públicas ou privadas para a genotipagem de cepas da Covid-19 em circulação no DF.
A reunião da força-tarefa aconteceu nesta quinta-feira (18/2). Os procuradores discutiram a necessidade de protocolos de prevenção e do mapeamento de infectados a fim de evitar a transmissão de variantes do Sars-Cov-2.
Para o procurador distrital dos Direitos do Cidadão e coordenador da força-tarefa, Eduardo Sabo, com a confirmação, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de que a variante britânica da Covid-19 está em circulação no Distrito Federal, os protocolos de prevenção da doença se tornam mais importantes para evitar a transmissão.
“De acordo com especialistas, uma das formas de reduzir a velocidade e a incidência das mutações das cepas é acelerar a vacinação. Quanto menos o vírus circula, sustentam, menos ocorre sua mutação e maior é a chance de os imunizantes disponíveis serem suficientes para proteger a população”, frisou.
Vacinação no DF
Durante a reunião, também foi discutido o planejamento e a operacionalização da vacina no DF. Para o MPDFT, o anúncio feito pelo governo local, do lançamento de uma plataforma de agendamento é um avanço importante, ainda que esteja restrito, neste primeiro momento, somente para a marcação da segunda dose da vacina contra Covid-19.
“Antes que fosse iniciada a aplicação, o MPDFT já havia requisitado, em ofício expedido em 31 de janeiro, providências para evitar aglomerações desnecessárias nos locais de vacinação. E sugeriu a utilização de sites da internet e aplicativos de celular para o agendamento da vacinação, como já ocorre, por exemplo, em outras unidades da federação”, destacou o secretário-executivo da força-tarefa, promotor de Justiça Bernardo Matos.