metropoles.com

Foragido, autor de feminicídio coleciona passagens por agressão

Desde 2010, o homem é denunciado por agredir e ameaçar mulheres que já passaram pela vida dele, incluindo a própria mãe

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação/PCDF
Kelsen Oliveira
1 de 1 Kelsen Oliveira - Foto: Divulgação/PCDF

Suspeito de matar estrangulada Diana Faria Lima, aos 37 anos, na manhã desta segunda-feira (15/1), Kelsen Oliveira de Macedo (foto em destaque), 42 anos, coleciona inúmeras passagens pela polícia. O Metrópoles apurou que, desde 2010, o homem é denunciado às autoridades por agredir, ameaçar e injuriar mulheres que já passaram pela vida dele, incluindo a própria mãe.

Apesar de já ter sido preso três vezes por crimes relacionados à Lei Maria da Penha, Kelsen logo voltou a ganhar liberdade, após as vítimas solicitarem a retirada de queixas e medidas protetivas garantidas a elas contra ele.

Conforme apurado pela reportagem, a primeira vítima a denunciar o foragido, em 2010, foi uma ex-companheira. Seis anos depois, uma segunda namorada também registrou boletim de ocorrência. Ela, contudo, teria reatado relacionamento com Kelson, mas terminou por oficializar outras duas queixas, em 2018 e em 2019. No mesmo ano, o homem foi denunciado pela quinta vez. Na data, ele teria atacado a própria mãe.

Em 2022, Diana registrou a primeira ocorrência contra o foragido. Tempos depois, porém, solicitou a retirada da queixa e de medidas protetivas. O caso tornou a se repetir por outras 10 vezes. Nesta segunda-feira (15/1), a mulher foi espancada por horas até morrer, na QNM 24, em Ceilândia.

15 imagens
Delegada afirma que “delito poderia ter sido evitado com o auxílio da população”, mas ninguém ligou para a polícia
Diana foi encontrada com sinais de estrangulamento
O feminicídio ocorreu na QNM 24, em Ceilândia. O Metrópoles apurou que a vítima se trata de Diana Faria Lima
Informações iniciais sobre o caso dão conta de que um vizinho teria ouvido o casal discutir durante a noite
Kelson é suspeito de estrangular a companheira
1 de 15

Kelsen Oliveira de Macedo é procurado pela polícia, por suspeita de cometer o crime

Divulgação/PCDF
2 de 15

Delegada afirma que “delito poderia ter sido evitado com o auxílio da população”, mas ninguém ligou para a polícia

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
3 de 15

Diana foi encontrada com sinais de estrangulamento

Reprodução
4 de 15

O feminicídio ocorreu na QNM 24, em Ceilândia. O Metrópoles apurou que a vítima se trata de Diana Faria Lima

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
5 de 15

Informações iniciais sobre o caso dão conta de que um vizinho teria ouvido o casal discutir durante a noite

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
6 de 15

Kelson é suspeito de estrangular a companheira

Reprodução
7 de 15

Vítima tinha 37 anos

Reprodução
8 de 15

Diana Farias foi encontrada morta na manhã desta 2ª feira, na QNM 24 de Ceilândia. Kelsen Oliveira de Macedo fugiu após cometer feminicídio

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
9 de 15

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
10 de 15

Vizinhos relataram que ouviram discussão entre o casal

Reprodução
11 de 15

Diana Faria Lima, 37 anos

Reprodução
12 de 15

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
13 de 15

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
14 de 15

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
15 de 15

Ele tinha ao menos 11 ocorrências registradas contra ele por crimes de violência doméstica

Reprodução

De acordo com a delegada Letízia Lourenço, chefe da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher 2 (Deam 2), vizinhos ouviram o som de pancadas e gritos, mas ninguém acionou a polícia.

“Ela foi agredida durante toda a madrugada e ninguém informou à Policia Militar ou à Polícia Civil o que estava ocorrendo, e essa mulher acabou vindo a óbito”, afirmou. “Esse delito poderia ter sido evitado com o auxílio da população”, declarou a delegada.

Segundo Letízia, quem acionou os bombeiros foi o próprio agressor, que fugiu logo em seguida. “Chegaram a fazer manobras de ressuscitamento, mas, infelizmente, essa mulher veio a óbito. Somente depois desse fato é que a PMDF e a PCDF foram acionadas. Nesse momento, o autor já havia empreendido fuga”, disse.

“Em briga de marido e mulher, meta a colher, sim. Você não precisa ser herói, não precisa colocar sua vida em risco para defender a mulher, mas o mínimo que tem que ser feito é telefonar para o 190, da Polícia Militar. O caso é grave, ouviram pancadas na parede e ninguém telefonou”, detalhou a delegada.

Segundo a policial, o relacionamento do casal era marcado por violência. Há, inclusive, 11 ocorrências de agressão física registradas. “O último registro foi em outubro. A PCDF tomou as providências cabíveis, instaurou inquérito, então não sabemos em quais circunstâncias eles continuaram se relacionando e nem como ele ainda tinha acesso a essa mulher”, finalizou.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?