“Foi muita crueldade”, diz irmã de mulher degolada pelo marido no DF
Karla Roberta foi encontrada sem vida em terreno baldio de Santa Maria, no último domingo (2/4)
atualizado
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Amigos e familiares de Karla Roberta Fernandes Pereira, 38, a mulher encontrada morta e degolada no último domingo (2/4) em um terreno baldio de Santa Maria, se despedem da jovem nesta terça-feira (27/4), no cemitério do Gama. Nem mesmo a forte chuva que caiu na região administrativa durante a cerimônia fúnebre impediu que homenagens fossem feitas.
“O que ele fez com ela foi muita crueldade”, diz Iara Fernandes, 45 anos, irmã da vítima. “Vou ficar com a lembrança de alguém que não tinha tempo ruim”.
Karla foi descrita como uma pessoa muito animada, extrovertida e que não gostava de confusão. Vizinhos e amigos fizeram uma vaquinha para ajudar no enterro.
O sepultamento ocorreu por volta de 17h10, acompanhado pelas orações de um pastor. Bastante abalada, a mãe da vítima só teve forças para dar uma declaração à reportagem: “Esse maldito matou minha filha”, disse Vera Lúcia.
De acordo com o amigo e vizinho de Karla Roberta, Paulo Giocomo, 30 anos, a vítima morou a vida inteira no Paranoá e só havia se mudado recentemente para a região de Santa Maria.
O marido de Karla, Adenor Pacheco de Oliveira, confessou ser o autor do crime, após ter sido preso por policiais da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria). O caso foi confirmado como feminicídio devido à motivação: o homem era companheiro da vítima e afirmou ter agido por ciúmes.
Na confissão, ele afirmou ter olhado uma mensagem no celular da vítima e se sentido traído. Depois de desmaiar a companheira, sufocando-a, ele a colocou no carro e a levou para o mato. Lá, passou uma faca no pescoço de Karla e deixou o cadáver no local.
Um catador de latinhas passava pela região, por volta das 7h, quando se deparou com o cadáver e acionou a polícia.
Karla e Adenor Pacheco chegaram a se separar por alguns meses, segundo detalharam vizinhos da vítima. O assassino, porém, prometeu que pararia de ser agressivo caso se reatassem.
O delegado Paulo Fortini, da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), disse ao Metrópoles que a mulher vestia pijamas quando foi encontrada e não possuía qualquer identificação.