Flanelinha é preso por extorquir psicóloga na Asa Sul. Veja vídeo
Mulher havia registrado ocorrência contra o acusado. Ele teria esvaziado pneus do carro após ela se negar a pagar “mensalidade”
atualizado
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Um flanelinha que trabalhava em um estacionamento no Setor Hospitalar Sul foi preso nesta quarta-feira (26/9), por policiais civis da 1ª DP (Asa Sul), após ser acusado de cobrar uma espécie de mensalidade dos motoristas que param nas imediações. Segundo denúncias, as extorsões eram seguidas de ameaças quando alguém se recusava a pagar os valores.
Marlon Rodrigues de Araújo, 27 anos, chegou a ser filmado por uma das vítimas quando cobrava o pagamento. A mulher que gravou o vídeo é psicóloga e já havia sofrido ataques do flanelinha, que, em quatro oportunidades, teria esvaziado todos os pneus de seu carro após ela ter se recusado a fazer o repasse do valor mensal.
A filmagem, feita na manhã desta quarta (26), mostra o momento em que a mulher aborda o flanelinha e o questiona sobre o fato de ser obrigada a pagar para estacionar em um local público.
“A senhora não pode dar R$ 2, R$ 5? Não me ajuda em nada. Eu também não vou ajudar a senhora”, disse, durante intenso bate-boca entre os dois. “Você quer me obrigar? Não pedi para você olhar meu carro”, retruca a psicóloga, que já tinha registrado ocorrência contra o homem, morador de Águas Lindas (GO), no Entorno do Distrito Federal.
Na 1ª DP, ele foi indiciado por extorsão e, se condenado, pode pegar de 4 a 10 anos de prisão. O homem será submetido a audiência de custódia na Justiça nesta quinta (27).
Há denúncias de que flanelinhas usam os estacionamentos de terra batida na região para fazer as cobranças e chegam a utilizar máquinas de cartões de débito e crédito para receber de motoristas que alegam estar sem dinheiro em espécie. A prática teria se espalhado por vários espaços públicos do Setor Hospitalar Sul.
Segundo o delegado Paulo Fecury, uma das denúncias sobre a utilização de máquinas chegou até a ouvidoria do GDF e está sendo apurada pela 1ª DP. “Temos a informação de que ocorria a extorsão com a ajuda das máquinas. Vamos aprofundar as investigações para tentar identificar se existem outros flanelinhas cometendo o mesmo crime”, disse.