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Fiscais do Procon-DF entrarão em greve a partir de quinta-feira (28)

Os profissionais pedem a reestruturação da carreira e o aumento do auxílio-transporte, fixado em R$ 40 por dia. Paralisação vai durar 48h

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1 de 1 procon5 - Foto: INTERNET/REPRODUÇÃO

Os fiscais do Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-DF) vão cruzar os braços por 48 horas a partir desta quinta-feira (28/6). Os 27 profissionais da área, responsáveis por verificar preços, abusos contra o consumidor, cumprimento de horários de filas, entre outros, reclamam da defasagem dos benefícios pagos à categoria: o auxílio-transporte. Desde 2010, quando a gasolina no DF custava R$ 2, eles recebem R$ 40 por dia para fazer as fiscalizações com carro próprio. O pedido é que a indenização aumente para R$ 96 diários.

Entre os argumentos, está o fato de a gasolina ter aumentado, desde então, para uma média de R$ 4,29. Além disso, os fiscais alegam receber muito menos do que outras categorias. “Nós trabalhamos em carro próprio. Não é só a gasolina, tem a defasagem do veículo, o seguro, o estacionamento, manutenção, entre outros. O valor que pedimos hoje é equivalente ao que recebem os fiscais da CGDF (Controladoria Geral do DF)”, afirmou um servidor, que preferiu não se identificar.

Segundo levantamento do Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e TCDF (Sindireta), a recomposição do benefício custaria aos cofres públicos R$ 30 mil por mês. Eles esperam que o Governo do Distrito Federal negocie com a categoria.

Além disso, pedem a reestruturação da carreira. Com um salário inicial de R$ 5.293,30 e o auxílio que não possibilita pagar as viagens até os locais de fiscalização, os servidores têm pedido exoneração do cargo. Em 2011, foi realizado concurso público para 60 fiscais. No entanto, eles não se mantiveram no posto por conseguir vagas com remuneração melhor.

“Esperamos que o governo tenha a sensibilidade de atender os servidores com a reposição da indenização de transporte, que foi calculada com o litro da gasolina custando R$ 2. Hoje, eles estão pagando para prestar um serviço fundamental ao contribuinte”, alertou o presidente do Sindireta, Ibrahim Yusef.

Atualmente, devido ao baixo valor de auxílio-transporte, áreas como Brazlândia, Santa Maria, Gama, parte da Ceilândia, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante e Guará estão sem assistência. Por ano, os profissionais fiscalizam 10 mil unidades comerciais.

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