Fim da greve: veja quanto foi o aumento aprovado a professores da UnB
Proposta aprovada pelos professores da UnB em conjunto ao sindicato nacional prevê um reajuste salarial em duas parcelas
atualizado
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Nesta quinta-feira (20/6), os professores da Universidade de Brasília (UnB) aprovaram o fim da greve da categoria, iniciada em 15 de abril. A principal reivindicação dos professores era a discussão da Campanha Salarial 2024. Os docentes, em assembleia realizada nesta quinta, acataram a proposta apresentada pelo governo federal de reajuste a ser pago em duas parcelas, válido para os dois próximos anos e dividido da seguinte maneira: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em abril de 2026.
Além disso, foi acertada a reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira. O acordo terá impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos.
A proposta do Ministério da Educação (MEC) também prevê a revogação da portaria nº 983, que estabelece diretrizes complementares para a regulamentação das atividades docentes — medida que estava na pauta do movimento grevista.
Eliene Novaes, presidente da Associação dos Docentes da UnB (AdUnB) avalia que a proposta do governo, apesar de aprovada, ainda não satisfaz todos os docentes. “Nossa categoria deliberou pelo fim da greve em 26 de junho, proposta que será levada para o comando nacional. Houve uma aprovação da proposta apresentada pelo MEC, mas ainda não atendem todas as demandas da categoria”, diz.
Ela frisou que a assembleia ainda irá definir uma reorganização do calendário acadêmico e do semestre.
Greve nacional
A greve dos docentes da UnB fazia parte de um movimento nacional da categoria. Após a apresentação da proposta do MEC, professores de universidades e institutos federais terão até sexta-feira (21/6) para fazerem assembleias e deliberar sobre o acordo com o governo federal e o fim da greve.
No domingo (23/6), a direção deverá reunir os resultados dessas assembleias.
Caso haja concordância das entidades, os valores necessários para os reajustes no próximo ano deverão ser reservados na peça orçamentária de 2025, que o governo enviará ao Congresso Nacional até o fim de agosto.