Filha desabafa após funerária trocar caixões: “Vivendo um filme de terror”
Arminda Silva foi enterrada, por engano, por familiares de outra morta. Família precisou pedir a exumação do cadáver da idosa
atualizado
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“Parece que estamos vivendo um filme de terror”. O desabafo é da filha de Arminda Silva, 76 anos, que teve o corpo trocado com o de outra mulher pela funerária. O caso só foi descoberto no momento do adeus da idosa, durante o velório, no Campo da Esperança da Asa Sul.
A filha, Mabi Cristina da Silva Fagundes, e os demais presentes na cerimonia descobriram o erro no momento em que abriram o caixão para a cerimônia. Os parentes notaram que o cadáver que estava na urna não era de Arminda, mas de Euvira Alexandre da Costa, 89.
A família, então, descobriu que o corpo da idosa havia sido enterrado, por outras pessoas, no Cemitério Campo da Esperança de Taguatinga, nessa quarta-feira (12/8), às 15h.
Mabi conta que a situação foi confirmada pelo filho da outra vítima, que acionado para ir até o local, reconheceu que a mulher que ainda não havia sido enterrada era a mãe dele.
“Estamos revoltados. Tinha muita gente aguardando para dar o adeus. Não pudemos nem fazer essa última homenagem para ela. Ficamos nesse salão vazio. A minha mãe foi velada por outra família que não era a dela. Estamos muito tristes”, desabafou a enfermeira.
Exumação
Diante do engano cometido pela funerária, foi preciso realizar a exumação do cadáver de Arminda. A autorização para o procedimento só saiu por volta das 17h dessa quinta-feira (13/8) – 9 horas após o início do velório.
“Marcamos o velório para esta manhã e, quando chegamos para velar, não era a minha mãe. O funcionário da funerária falou que ela estava inchada e era ela sim, mas batemos o pé porque a mulher era muito diferente”, comentou.
Depois da exumação, os parentes reconheceram o corpo para, enfim, trazê-lo para ser velado na Capela 2 do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.
O que diz o cemitério?
Por meio de nota, a Campo da Esperança Serviços Ltda. informou lamentar profundamente o ocorrido. Entretanto, explicou que executa o serviço com base na documentação entregue pela funerária contratada pela família.
“Nesse caso, os documentos dos dois sepultamentos chegaram ao Campo da Esperança trocados. A identificação dos corpos não é responsabilidade da concessionária”, informou.
A funerária foi acionada. Porém, até a publicação do texto, não havia respondido aos questionamentos da reportagem.