Fila e senha: centenas querem ver último dia de julgamento de Adriana
Desde antes das 7h havia gente em frente ao TJDFT para acompanhar o desfecho do caso da 113 Sul: decisão pode sair nesta quarta-feira
atualizado
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Esta quarta-feira (02/10/2019) pode ser o último dia do julgamento de Adriana Villela. Ela é acusada de mandar matar os pais e a empregada da família no caso que ficou conhecido como crime da 113 Sul. Pela importância do ocorrido, uma fila de pessoas se forma desde as 7h30 da manhã na porta do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) – entre os quais,amigos, familiares, estudantes de direito e curiosos.
Maria Clara Medeiros, 24 anos, está no 7º semestre de direito e chegou ao local às 7h para tentar assistir aos debates entre acusação e defesa, que ocorrerão neste décimo dia de julgamento. “Vim ontem (terça-feira, 01/10/2019) e não consegui lugar. Hoje, eu me programei porque não quero perder nada. É um caso famoso. São advogados muito conhecidos e, para nós, uma oportunidade de fazer parte desse momento histórico. Temos muito o que aprender.”
A empresária Júlia Mariana Pereira, 55, é moradora da 307 Sul e disse que se lembra de tudo à época do crime. “Eu acompanhava os noticiários e, quando vi que a filha e possível mandante do crime seria julgada, me interessei em acompanhar. Desde o início do julgamento, estava querendo vir assistir. Queremos ver se, após 10 anos, vamos ter uma resposta para tanta atrocidade.”
A expectativa é de que os 224 lugares do plenário estejam ocupados ainda antes do início da sessão. Há distribuição de senhas para aqueles que não conseguirem entrar.
Veja fotos da fila e do plenário:
O rito
A última etapa do rito em plenário está marcada para começar às 9h desta quarta-feira (02/10/2019). A sessão será iniciada com o MPDFT, que tem uma hora e meia para falar. Em seguida, é a vez dos advogados, que dispõem do mesmo tempo. No caso de réplica e tréplica, acrescenta-se uma hora para cada parte. No total, portanto, a fase final pode durar cinco horas.
O Metrópoles acompanha desde o início, na segunda-feira (23/09/2019) da semana passada, todos os passos do julgamento. Foram 24 testemunhas ouvidas: oito de acusação e 16 de defesa. O ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, a advogada Maria Villela e Francisca Nascimento Silva, empregada do casal, foram executados com 73 facadas, ao todo.
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