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Fila de espera para transplantes de órgãos no DF tem 901 pessoas

No primeiro semestre do ano, a rede de saúde pública da capital realizou 316 transplantes de órgãos – entre rins, fígado, coração e córneas

atualizado

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1 de 1 transplante - Foto: ICDF/Divulgação

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal divulgou que, atualmente, 901 pessoas estão na fila para transplantes de órgãos na capital da República. A maioria — 532 pacientes — espera por um novo rim. Outros 314 aguardam córnea.

De janeiro a junho deste ano, já foram realizados 316 transplantes de órgãos no DF, a partir de 26 doadores efetivos. Grande parte dos procedimentos feitos na rede pública foi de córneas — 225. Em seguida, aparecem operações de fígado (46); rim (27); e coração (18).

Segundo informações da pasta, para que seja possível a doação, é preciso comprovar a morte encefálica, por meio de um protocolo próprio e complexo.

“São realizados três exames por médicos diferentes, com o intervalo mínimo de uma hora entre eles, para avaliar se o cérebro da pessoa ainda é capaz de mantê-la viva”, explica a diretora substituta da Central Estadual de Transplantes, Joseane Gomes Fernandes Vasconcellos. “Com a confirmação de que não há atividade elétrica ou fluxo sanguíneo no cérebro, é constatada a morte encefálica”, complementa.

Em caso de parada cardiorrespiratória, podem ser retiradas as córneas para transplante. “Poderiam ser doados pele e osso também, mas, no DF, não temos, ainda, condições de proceder com a retirada desses outros tecidos”, pontua a diretora substituta. Com regularidade, na capital do país, são retirados coração, fígado, rins e córneas dos doadores falecidos.

A legislação no Brasil determina, desde 2001, que o procedimento deve ser autorizado pela família do paciente. Então, é fundamental que a pessoa converse com os parentes sobre a intenção de ser doador de órgãos.

“O familiar pode informar aos profissionais de saúde do local de internação do paciente sobre o interesse em doar os órgãos. A equipe da unidade aciona a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante para realizar a entrevista com a família, orientar todos os procedimentos e colher a assinatura para autorização”, explica.

Órgãos

Em 2018, foram registrados 53 doadores de órgãos e outros 251 apenas de córnea. As equipes de saúde realizaram 302 transplantes de córnea, 55 de rim de doador falecido, dez de rim de doador vivo, 86 de fígado e 34 de coração.

Entre os beneficiados, estava Gisele Lacerda das Chagas, 29 anos. Após três anos de espera por um rim, recebeu o órgão há 10 meses. “Fiz quatro anos de diálise peritoneal. Depois de ser transplantada, o melhor é ter a liberdade de uma vida normal, sem parar para a diálise”, comemora.

Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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