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Fila da angústia: no DF, 130 pacientes aguardam para fazer hemodiálise

Atualmente, segundo a Secretaria de Saúde do DF, todas as 1.258 vagas definitivas para hemodiálise estão ocupadas por pacientes

atualizado

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De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), neste momento, 130 pessoas esperam para fazer tratamento contínuo de hemodiálise na rede pública do DF. O órgão informou que as vagas para o procedimento são disponibilizadas através do sistema de regulação, sendo 906 vagas nas clínicas credenciadas e 352 vagas nos hospitais. Atualmente, todas estão ocupadas.

Segundo a pasta, a oferta de vagas para sessões de hemodiálise será ampliada ainda neste mês para zerar a lista de espera atual. Além disso, a medida pretende liberar leitos de enfermaria e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ocupados unicamente para a realização do procedimento.

Fora as vagas definitivas ofertadas à população, os pacientes em estado agudo, que necessitam de hemodiálise, são atendidos nas emergências dos hospitais que oferecem o tratamento. Normalmente, cada paciente realiza 13 ou 14 sessões de hemodiálise por mês.

Nas demais situações, as condições clínicas dos pacientes são, primeiramente, analisadas pelo médico nefrologista para que o tratamento seja prescrito. Cada vaga ofertada comporta estas sessões que cada paciente realiza durante o mês.

Entretanto, há casos de pessoas que, sem vagas definitivas, ficam internadas nos hospitais esperando pelo tratamento. Essa decisão depende da avaliação do médico nefrologista, dependendo do quadro apresentado pelo paciente.

“Vivemos uma fase difícil”

Edmilson Santos da Silva, de 54 anos, sofre de insuficiência renal e precisa fazer hemodiálise frequentemente para a filtragem adequada do sangue. Entretanto, ele não consegue vagas definitivas para fazer o tratamento na rede pública de saúde do Distrito Federal há quatro meses por falta de vagas.

Segundo a família, o homem chegou a perder a visão durante a espera. Edmilson está internado no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e, por conta da sua condição, precisa ser acompanhado pelos parentes diariamente.

Maria da Anunciação, esposa de Edmilson, conta que a situação da insuficiência renal foi descoberta em agosto do ano passado. Desde lá, informa a mulher, ele passou por diversos hospitais no DF para receber o tratamento.

A mulher afirma que, durante os quatro meses esperando hemodiálise, o marido ficou dois meses em casa. Nos outros dois meses em que esteve internado.

“Vivemos uma fase difícil porque a gente parou. Dentro do hospital, você não tem vida. Abandona casa, abandona tudo. A vida dele antes era boa, ele trabalhava e eu também. Quando ele parou de ir trabalhar, não deu pra continuar e tive que parar também porque não pode deixar ele só”, diz Maria da Anunciação.

A Secretaria de Saúde informou que o paciente está passando por sessão de hemodiálise no Hospital Regional de Taguatinga. O paciente foi inserido na regulação para hemodiálise crônica em 30 de março, com classificação amarelo. Enquanto aguarda pela vaga definitiva, o paciente permanece assistido com as sessões realizados no HRT.

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