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Fiéis fazem vaquinha para pagar enterro de pastor morto durante culto no DF

Francisco Antônio dos Santos Marques foi assassinado enquanto orava, de joelhos, em uma igreja no Areal, em Águas Claras

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Familiares, amigos e fiéis da igreja onde Francisco Antônio dos Santos Marques, 35 anos, foi assassinado, organizam uma vaquinha para custear os gastos com o enterro do pastor. O religioso foi baleado e morto na manhã desse domingo (4/10), na QS 11, no Areal, em Águas Claras.

Em vídeos e mensagens que circulam nas redes sociais, frequentadores do templo Assembleia de Deus voz do Calvário pedem contribuição financeira para bancar o sepultamento, que custaria cerca R$ 3,5 mil.

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De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Francisco foi atingido pelas costas, no momento em que estava de joelhos, em oração. Uma mulher que participava da celebração também foi atingida, de raspão, e não corre risco de morte.

Segundo a PCDF, o suspeito entrou no templo armado e efetuou diversos disparos. Testemunhas prestaram depoimento na delegacia, mas até a última atualização desta reportagem, o suspeito não havia sido localizado.

Câmeras de segurança filmaram o autor fugindo logo após o homicídio. As imagens são analisadas pelos investigadores da 21ª Delegacia de Polícia (Pistão Sul), responsável pelo caso.

Francisco Marques era foragido da Justiça desde 23 de agosto de 2018. Ele é acusado de cometer um homicídio em Paranaíba, Piauí, sua cidade natal. A Polícia Civil do DF não descarta nenhuma linha de investigação.

Mandado de prisão expedido em nome do pastor assassinado em Águas Claras
Homicídio e tentativa de feminicídio

O crime do qual Francisco é acusado ocorreu em 2016. De acordo com a sentença proferida pela juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba Maria Ivani de Vasconcelos, o pastor, em 3 de abril daquele ano, por volta das 20h30, atirou e matou Lucas da Silva Gomes.

Uma mulher identificada como Jeane Silva Marques também ficou ferida à época. Ela precisou passar por diversas cirurgias que acabaram causando incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias, além de deformidade permanente.

De acordo com a magistrada, o acusado agiu por motivo fútil, uma vez que matou Lucas Gomes “pelo simples prazer de vê-lo morrer.” Além de tentar matar a mulher, por vingança ao ser desprezado por ela.

Ainda de acordo com o processo, o pastor agiu “mediante recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa do ofendido, haja vista após saber onde as vítimas se encontravam, os aguardou, em emboscada e, de arma em punho, deferiu-lhes vários tiros”.

Jeane Silva Marques era casada com Francisco, mas no tempo dos fatos já estava separada havia mais de dois anos e não mantinha contato com o pastor. Não aceitando a separação, o homem começou a ameaçar a ex. Dizia que não aceitava vê-la com outra pessoa.

Emboscada

No dia do crime, após procurar informação sobre o casal, sabendo onde costumavam se encontrar, o denunciado chegou ao local em uma motocicleta, acompanhado de uma pessoa não identificada, e esperou as vítimas em emboscada.

Jeane Silva viu o ex e foi até Lucas Gomes. Ela subiu na moto em que o namorado estava, mas Francisco se aproximou e começou a atirar contra o casal.

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