metropoles.com

Feminicídios no DF: 72% das vítimas não denunciaram algozes

O dado foi apresentado pela secretária da Mulher na CPI do Feminicídio, que escolheu Cláudio Abrantes como presidente

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Alexandre Bastos/Material cedido para o Metrópoles
CPI-do-feminicídio1
1 de 1 CPI-do-feminicídio1 - Foto: Alexandre Bastos/Material cedido para o Metrópoles

Um mês e meio após sua criação, a CPI do Feminicídio da Câmara Legislativa escolheu o novo presidente. Os trabalhos serão comandados por Cláudio Abrantes (PDT) e Arlete Sampaio (PT), escolhida como vice.

Depois de receber o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, os deputados distritais que integram a comissão ouviram o detalhamento das políticas públicas para a população feminina brasiliense sob a responsabilidade da Secretaria da Mulher do DF.

A secretária Ericka Filippelli falou na comissão na manhã desta quinta-feira (12/12/2019). Na ocasião, Ericka apresentou dados preocupantes compilados pela Segurança Pública do DF. As estatísticas apontam que, nos casos de feminicídio ocorridos no DF entre 2015 e 2018, 72,8% das vítimas não denunciaram seus algozes.

“Não passaram pelas delegacias nem pelos centros especializados de atendimento à mulher ou qualquer outro equipamento do governo. Então, nós trabalhamos muito nessa questão de mobilizar as nossas equipes para conversar com as pessoas sobre as ações realizadas pela pasta e mostrar que estamos disponíveis e com o objetivo de promover buscas ativas”, ressaltou.

Questionada pelo relator da CPI, deputado Fábio Felix (PSol), sobre a recomendação do Ministério Público para que fosse providenciada, com urgência, a recomposição do quadro de servidores dos Núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavds), a secretária reconheceu que a estrutura de pessoal é precária.

“Fruto do passado. Estamos trabalhando nesse sentido para restaurar todos os equipamentos e também há uma luz no fim do túnel, com concurso para recompor o nosso quadro pessoal”, destacou.

O deputado Cláudio Abrantes disse, com base na explanação da secretária, que existe uma rede ampla com vários serviços e pontos de atendimento às vítimas de violência contra a mulher. “Porém, parece que ainda há falta de acesso e comunicação para que as mulheres cheguem a esses serviços oferecidos pelo Estado”, assinalou.

Todos os direitos reservados

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?