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Feminicídio: mulher morre após ser mordida e esfaqueada pelo marido

Tatiane Pereira da Silva foi internada no Hospital Regional de Planaltina, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Agressor foi preso

atualizado

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Tatiane Pereira, vítima de feminicídio no DF
1 de 1 Tatiane Pereira, vítima de feminicídio no DF - Foto: Foto cedida ao Metrópoles

Mais uma mulher morreu vítima de feminicídio, no Distrito Federal. Tatiane Pereira da Silva foi esfaqueada pelo marido na sexta-feira (9/4). A vítima, de 41 anos, chegou a ser internada no Hospital Regional de Planaltina, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na segunda-feira (12/4).

O agressor, Manoel Paulo Severino da Silva, foi preso na madrugada desta terça (13/4).

Segundo o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a briga do casal começou por volta de 0h15 de sexta-feira (9/4). Ricardo Viana, delegado-chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), relata que o agressor mordeu e esfaqueou a mulher, após uma discussão.

Mesmo ferida, Tatiane procurou a delegacia e registrou a ocorrência, que inicialmente foi notificada como lesão corporal por violência doméstica. A vítima ainda solicitou medidas protetivas, que foram concedidas pela Justiça no mesmo dia.

Foram determinadas as seguintes medidas ao agressor:

  • Proibição de aproximação da vítima, familiares e testemunhas, restando fixado o limite mínimo de 300 metros de distância; e
  • Proibição de contato com a vítima, familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação, tais como ligação telefônica, WhatsApp, e-mail, Facebook, Instagram e outros.

Para o delegado, uma vez que Tatiane chegou a ficar internada em estado grave e faleceu dias depois da agressão, é possível que os ferimentos tenham sido mais graves do que aparentavam ser. “Ela levou uma facada de raspão nas pernas e uma mordida no braço, mas pode ter tido mais lesões. A gente acredita que ela escondeu da família o resultado da briga e isso pode ter levado à morte dela”, pontuou Viana.

A família contou que Tatiane esteve duas vezes no Hospital Regional do Paranoá após a agressão. Nas duas ocasiões em que solicitou o atendimento hospitalar, a vítima, que apresentava vômitos, náuseas e dores abdominais, teria sido orientada a voltar para casa. Como os sintomas se agravaram e ela começou a urinar sangue, Tatiane decidiu ir ao Hospital Regional de Planaltina, onde acabou sendo internada, mas morreu horas depois.

“Ela estava se sentindo mal e foi diagnosticada com possível dengue. Depois, voltou ao hospital e repetiram o diagnóstico. Aí, no dia 12, os sintomas aumentaram: vômito, dor de cabeça, mal-estar. Aí, a família levou ao Hospital de Planaltina, onde ela foi atendida e internada. Mas teve parada cardiorrespiratória e faleceu”, descreveu o delegado Ricardo Viana.

Discussão

Informações da PCDF apontam que a vítima de feminicídio e o agressor viviam em união estável há cerca de 6 anos e criavam um filho de 3 anos. Tatiane relatou à polícia que as agressões começaram no ano passado.

Na data da briga, o casal voltava para casa depois de sair de um bar na DF-250, no Núcleo Rural 06 do Paranoá. Manoel queria retornar ao estabelecimento e Tatiane, não – o que gerou a discussão. Ele mordeu o braço dela e a esfaqueou na perna. Depois disso, ela foi à casa da mãe e, na tarde daquele dia, procurou a polícia.

Na segunda-feira, porém, a delegacia foi informada, por um familiar da mulher, que ela estava internada em estado grave e que precisaria passar por cirurgia, em decorrência das agressões sofridas. O quadro de saúde de Tatiane piorou e ela faleceu na tarde do dia 12 de abril.

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