“É uma medida técnica que não pode contestar muito, mas a gente fica triste por afetar um setor que está muito sofrido desde o início da pandemia”, diz o presidente da Fecormércio-DF, José Aparecido.
Na avaliação dele, a decisão do GDF é uma medida preventiva que visa evitar um novo lockdown nas próximas semanas. “Lamento muito, mas é uma medida cautelar. Não critico, mas não estou feliz. Creio que antes de ser tomada uma medida dessas houve bastante análise”, destaca.
“São medidas que precisam ser tomadas justamente para evitar uma questão mais dura e para que a população tenha consciência. Que todos façam sua parte para que possamos diminuir esses índices de transmissão e voltarmos à normalidade”, disse o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, nesta quarta.
“Então, neste momento, fica suspensa, no âmbito do Distrito Federal, a realização de eventos, shows, festivais e afins. Também se enquadram neste artigo, os eventos realizados em casas e estabelecimentos de festas que promovam a venda de ingressos ou cobrança de qualquer valor a título de contribuição dos convidados, ainda que o valor seja revertido em consumação”, explicou.
O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial (DODF). A determinação passa a valer a partir do momento da publicação e já atinge eventos marcados para este fim de semana.
Covid-19: o que se sabe sobre a variante Ômicron até o momento:
15 imagens
1 de 15
Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação
Andriy Onufriyenko/ Getty Images
2 de 15
Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Getty Images
3 de 15
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Peter Dazeley/ Getty Images
4 de 15
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Uwe Krejci/ Getty Images
5 de 15
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
Pixabay
6 de 15
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
Getty Images
7 de 15
A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível
Getty Images
8 de 15
A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano
Andriy Onufriyenko/ Getty Images
9 de 15
De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta
Andriy Onufriyenko/ Getty Images
10 de 15
Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante
Getty Images
11 de 15
De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa
Getty Images
12 de 15
Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente
Morsa Images/ Getty Images
13 de 15
No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde
Morsa Images/ Getty Images
14 de 15
Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas
Andriy Onufriyenko/ Getty Images
15 de 15
A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados
JuFagundes/ Getty Images
Taxa de transmissão
A preocupação das autoridades do DF é explicada pela velocidade do crescimento da taxa de transmissão do coronavírus, que subiu pela sétima vez seguida em uma semana nessa quarta-feira (12/1) e chegou a 2,11. Isso significa que uma pessoa infectada pela Covid-19 transmite o vírus para, pelo menos, outras duas.
Essa foi uma das taxas mais altas já registradas em Brasília. O recorde aconteceu no início da pandemia, em março de 2020, quando ainda não havia distanciamento social. À época, o indicador chegou a 2,61.
Veja o gráfico da evolução da taxa de transmissão ao longo do tempo:
Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram.