Fecomércio sobre veto a shows no DF: “Entendemos, embora seja triste”
Apesar de não criticar a decisão, entidade diz que não está feliz com a necessidade de tal medida ser tomada
atualizado
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Apesar de entender a decisão do GDF em proibir a realização de shows e festas na capital, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF) não está feliz com o anúncio feito nesta quarta-feira (12/1). A medida, segundo o governo, tem o objetivo de reduzir a taxa de transmissão da Covid-19 na capital da República, que registra índice de 2,11.
“É uma medida técnica que não pode contestar muito, mas a gente fica triste por afetar um setor que está muito sofrido desde o início da pandemia”, diz o presidente da Fecormércio-DF, José Aparecido.
Na avaliação dele, a decisão do GDF é uma medida preventiva que visa evitar um novo lockdown nas próximas semanas. “Lamento muito, mas é uma medida cautelar. Não critico, mas não estou feliz. Creio que antes de ser tomada uma medida dessas houve bastante análise”, destaca.
Proibição
“São medidas que precisam ser tomadas justamente para evitar uma questão mais dura e para que a população tenha consciência. Que todos façam sua parte para que possamos diminuir esses índices de transmissão e voltarmos à normalidade”, disse o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, nesta quarta.
“Então, neste momento, fica suspensa, no âmbito do Distrito Federal, a realização de eventos, shows, festivais e afins. Também se enquadram neste artigo, os eventos realizados em casas e estabelecimentos de festas que promovam a venda de ingressos ou cobrança de qualquer valor a título de contribuição dos convidados, ainda que o valor seja revertido em consumação”, explicou.
O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial (DODF). A determinação passa a valer a partir do momento da publicação e já atinge eventos marcados para este fim de semana.
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Taxa de transmissão
A preocupação das autoridades do DF é explicada pela velocidade do crescimento da taxa de transmissão do coronavírus, que subiu pela sétima vez seguida em uma semana nessa quarta-feira (12/1) e chegou a 2,11. Isso significa que uma pessoa infectada pela Covid-19 transmite o vírus para, pelo menos, outras duas.
Essa foi uma das taxas mais altas já registradas em Brasília. O recorde aconteceu no início da pandemia, em março de 2020, quando ainda não havia distanciamento social. À época, o indicador chegou a 2,61.
Veja o gráfico da evolução da taxa de transmissão ao longo do tempo: