Fecomércio lista setores afetados por greve e repudia radicalismo
Segmentos de combustíveis, atacado, bebidas e comercialização de alimentos perecíveis sofrem grave impacto devido ao ato dos caminhoneiros
atualizado
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A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) considerou a situação dos estoques e o abastecimento de mercadorias na capital da República como “críticos”. Segundo levantamentos de sindicatos filiados e associados à Fecomércio, os segmentos de combustíveis, atacado, distribuição de bebidas e comercialização de alimentos perecíveis sofrem grave impacto devido à greve dos caminhoneiros.
“A Fecomércio-DF reitera o seu repúdio a qualquer ato radical que desrespeite os direitos coletivos e espera que as partes envolvidas construam rapidamente um acordo para solucionar a greve”, afirmou o presidente da entidade, Adelmir Santana.
No fim da tarde desta sexta (25/5), dados do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis) apontavam a falta de gasolina, álcool e diesel em 97% dos postos da cidade. “Mesmo que as vias sejam liberadas nesta sexta-feira, o serviço só começa a voltar à normalidade nos próximos dois ou três dias”, afirmou a entidade. “A situação é preocupante”, acrescentou.
O Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) considerou a situação desta sexta a pior desde o início da greve. A entidade aponta que vários empresários do segmento trabalham com capacidade menor ou não estão operando. “Se nada mudar, as operações do setor serão totalmente suspensas a partir de segunda-feira (28)”, comunicou o sindicato.
Pedidos virtuais
Quem pediu alguma mercadoria pela internet terá que esperar mais. O setor de e-commerce já registra atrasos na entrega das mercadorias e alta no custo do frete, o que impacta diretamente no preço total do produto. Segundo nota da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a greve pode, inclusive, prejudicar uma das datas mais importantes para as vendas on-line: o Dia dos Namorados.
Ainda, vai faltar cerveja. O presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do Distrito Federal (SCAAB-DF), Érico Cagali, afirmou que, se a greve continuar, bebidas alcoólicas nas revendedoras do DF irão se esgotar em 48 horas. “Essa greve tem nos afetado muito, 80% dos estoques das redes de distribuição do Distrito Federal estão sem mercadorias. Se não houver mudanças, as empresas varejistas não terão estoque para repor”, disse Cagali.
Os supermercados também sentem o efeito da paralisação dos caminhoneiros. Os alimentos perecíveis, assim como frutas, verduras e legumes, acabaram em grande parte dos estabelecimentos.