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Famosa por “pegar carona” com ciclistas, arara Rio é atropelada no DF

Criada com voos livres, Rio sai de casa todos os dias, visita diversas regiões do DF e retorna para casa

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Arara voando em direção ao dono
1 de 1 Arara voando em direção ao dono - Foto: Gustavo Moreno/ Metrópoles

Rio, a arara que ficou famosa ao “pegar carona” no capacete de um ciclista em agosto deste ano, no Distrito Federal, está internada em uma clínica veterinária após ser atropelada por um caminhão, nessa segunda-feira (24/10). No momento do acidente, a ave seguia o carro da família onde é acolhida quando alçou voo e colidiu com um caminhão que passava pela rodovia, na altura do Guará.

“Ele fez todos os exames, o corpo está bem, não quebrou nada, mas o cérebro ainda não responde direito”, explica Augusto César Souza Júnior, responsável pelo animal. “Seria como um AVC. Tem risco de sequelas. Vai levar um tempo para ela voltar a responder. Ainda não está comendo”.

Rio

A arara vive há dois anos e meio com uma família do Park Way. Criado com voos livres, Rio sai de casa todos os dias pela manhã, visita regiões como Guará, Núcleo Bandeirante, Candangolândia e o próprio Lago Sul, antes de retornar para casa.

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Criado a voos livres, Rio sai de casa todos os dias, visita regiões como Guará, Núcleo Bandeirante, Candangolândia e retorna para casa
Ave tem dois anos e meio
Augusto César Souza Júnior cria Rio desde pequena
Arara foi comprada no Ceará
Rio passou por seis meses de treinamento
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Rio ficou famoso ao “pegar carona” com ciclista

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Criado a voos livres, Rio sai de casa todos os dias, visita regiões como Guará, Núcleo Bandeirante, Candangolândia e retorna para casa

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Ave tem dois anos e meio

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Augusto César Souza Júnior cria Rio desde pequena

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Arara foi comprada no Ceará

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Rio passou por seis meses de treinamento

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Arara é conhecida na região

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Rio vive com uma família do Park Way

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Ave é o xodó da casa

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Augusto e Rio mantêm uma relação muito próxima

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Arara Rio

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Além da residência de Augusto, a arara tem outros cinco lares em que se sente acolhida

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“Eu sempre quis ter uma ave, mas não sabia qual era. Descobri uma pessoa que criava uma arara no Ceará e fazia voo livre. Ele soltava e voltava para ele. Estudei bastante e decidi ter”, relembra. “Ela foi aprendendo muito rápido e depois conquistou o seu espaço de liberdade”.

Augusto conta que, por vezes, soltava Rio e não dava tempo de prendê-la antes de ir ao trabalho. Por isso, a ave acostumou-se a ficar solta pelo condomínio. “Aos poucos, foi ganhando o espaço dela, começou a ir no condomínio do lado e ir para espaços mais longe”, lembra.

“Hoje, Rio fica livre e todo dia retorna para casa na hora do almoço ou no meio da tarde. Ela volta pela afinidade que tem com a minha família. Tem o livre arbítrio de ir aonde quer. Até mesmo se quiser ficar livre para sempre”, conta.

Rio nos primeiros meses de vida:

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Arquivo pessoal
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“Manter preso é maldade”

Rio e Augusto mantêm uma relação muito próxima. Um dos motivos para o tutor defender a liberdade da ave é o bem-estar. “É fiel comigo. Onde eu for, ela quer ficar atrás. Os finais de semana que estou em casa ela nem sai para passear”, revela.

“O meu maior medo é o ser humano querer roubar. Mas pelo bem estar da ave, eu não tenho coragem de prender e deixar no cativeiro. A maior maldade seria eu retroceder e deixá-la presa. Eu assumo o risco, mas é pelo bem estar dela”, defende Augusto. “Eu tenho certeza que sempre vai voltar. Se não voltar, algum ser humano fez alguma coisa”.

Carona com ciclista

Augusto não ficou surpreso quando viu que uma arara pousou na cabeça de um ciclista. Logo de cara, identificou: era Rio. Segundo ele, a ave tem este costume por acompanhar seus passeios de bike.

Arara pousa em capacete e “pega carona” com ciclista no Lago Sul

“Quando eu vi, já identifiquei pelo fato dela gostar de andar de bicicleta comigo. Ela se identifica com ciclistas”, diz.

Reprodução

Em regras, araras são monogâmicas, ou seja, têm apenas um parceiro durante a vida toda. Hoje com dois anos e meio, Rio só atingirá sua maturidade sexual aos cinco. Até lá, Augusto planeja como proceder quando chegar o período de reprodução.

“Eu tenho dois anos e meio para decidir se vou fazer um casal ou se vou correr o risco de ela ir embora. Ela pode se apaixonar e ir para rua ou trazer uma para dentro de casa”, declara. “Estou me decidindo ainda, por estar muito ocupado no trabalho, ainda não formei esse casal”.

“Quando completar esses cinco anos, uma hora pode acontecer. Minha única forma de defesa para não perdê-lo seria formar um casal dentro de casa, para ele se apaixonar aqui e não se apaixonar na rua”, completa.

Vida social

Além da residência de Augusto, Rio tem outros cinco lares onde é acolhido. Definida pelo seu tutor como “amigos”.

“Todos os dia sai, visita geralmente uns três ou quatro amigos. Quando eu solto pela manhã, visita minha vizinha. Vai no Núcleo Bandeirante, onde tem outro senhor. Eles tratam tão bem, dão comida, coloca dentro de casa que ela vai, faz a meia hora dela e vai voar novamente”, finaliza o dono.

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