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Famílias enfrentam superlotação em pediatria do Hospital de Sobradinho

Responsáveis por crianças chegaram a esperar 10 horas para atendimento de pacientes. Famílias criticaram falta de estrutura para espera

atualizado

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hospital regional de sobradinho
1 de 1 hospital regional de sobradinho - Foto: Google Street View/Reprodução

Pais e mães de crianças se revoltaram com a demora do atendimento no Hospital Regional de Sobradinho (HRS), nesta terça-feira (28/3). Eles reclamam da falta de pediatras no pronto-socorro da unidade de saúde para atender aos pacientes que aguardavam na fila.

Algumas famílias chegaram a esperar por mais de 10 horas, sem alimentação das crianças e sem a certeza do atendimento.

Na entrada, um aviso com a escala de plantão das equipes indicava a presença de três médicos pediatras, das 7h às 13h, no HRS. No entanto, os responsáveis pelas crianças relataram não haver atendimentos pela manhã nem à tarde.

Representante comercial, Ana Cláudia de Sousa, 35 anos, foi uma das primeiras a chegar no HRS, nesta terça-feira (28/3), às 6h. O filho dela, de 10 meses, não se sente bem há cerca de oito dias.

“Logo cedo, começaram a chegar muitas crianças passando mal. O pronto-socorro ficou lotado, com mais de 30 pessoas esperando por atendimento. Algumas passaram por triagem, mas, por volta das 8h, falaram que não triariam mais ninguém e que não tinha atendimento médico”, relatou Ana Cláudia.

O filho dela só foi atendido às 16h — 10 horas depois. Além disso, nem todos os pais tiveram sorte de conseguir a consulta, pois apenas casos prioritários, classificados com cor laranja ou vermelha, poderiam receber atendimento.

A representante comercial acrescentou que tentou acionar a ouvidoria do HRS para reclamar da longa espera, mas os servidores não quiseram receber a família. “Ninguém nos deu posicionamento. O banheiro também estava interditado, por causa de obras, e não havia água acessível”, criticou.

Veja imagens gravadas pela mãe:

 

 

Auxiliar de serviços gerais, Eliene Ferreira, 40, chegou com o filho de 9 anos ao hospital e, logo na triagem, recebeu a informação de que a criança não seria atendida, pois estava entre pacientes classificados com pulseira verde.

“Fiquei desesperada, precisando de atendimento para meu filho. Tinha criança passando muito mal na emergência. Ninguém vai ao hospital porque quer. Não estamos a passeio. Queremos ser atendidos”, cobrou Eliene.

Registro de superlotação

Em nota, a direção do HRS informou que, devido à sazonalidade das doenças respiratórias, especialmente entre crianças, e à alta procura por atendimento médico, a unidade registra superlotação.

“Não há falta de médico na unidade hospitalar. Todas as escalas de plantão estão cobertas. A direção destaca que pacientes com sintomas respiratórios sem gravidade também podem ser atendidos na UBS (Unidade Básica de Saúde) da região, que ampliou o horário de atendimento até as 22h”, comunicou a direção.

Em relação, ao banheiro interditado, a pasta respondeu que ele será liberado na próxima semana, após conclusão da reforma.

“A direção ressalta que a unidade passa por adequações que vão refletir em melhor acolhimento aos usuários da pediatria. A primeira etapa da obra foi concluída, e a previsão de entrega completa, com adequação do banheiro, é para a próxima semana”, concluiu o texto.

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