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Famílias desocupam prédio abandonado no SIG após cinco dias

Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB-DF) havia ocupado o imóvel na última 6º. Justiça determinou reintegração de posse

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Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) começam a retirar os pertences do prédio abandonado sobre a vigilância da Policia Militar que fechou rua na quadra 06 do SIG Metrópoles 1
1 de 1 Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) começam a retirar os pertences do prédio abandonado sobre a vigilância da Policia Militar que fechou rua na quadra 06 do SIG Metrópoles 1 - Foto: <p>Igo Estrela/Metrópoles<br /> @igoestrela</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div></p>

Após cinco dias de ocupação, as famílias que estavam morando no prédio da quadra 6 do Setor de Indústrias Gráficas (SIG) deixaram o local na tarde desta terça-feira (12/11). O Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB-DF) aceitou deixar o lugar, batizado de Ocupação Expedito Xavier, depois de negociar com a Secretária de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF).

Representantes da MLB-DF se reuniram com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab-DF). “Nós entregamos um documento com dados das famílias que estavam na ocupação, e eles prometeram providenciar moradia para esses cidadãos”, comentou Alexandre Ferreira, representante do MLB.
Veja imagens da desocupação:

 

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Prédio ocupado estava abandonado havia sete anos

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Colaboradores da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) retiraram os pertences dos ocupantes e colocaram em caminhões para transportar para locais indicados pelos cidadãos.

Uma força-tarefa com representantes da Defensoria Pública do DF (DPDF) e das secretarias de Justiça e Cidadania (Sejus), Segurança Pública (SSP) e Desenvolvimento Social (Sedes) acompanharam a ação.

O secretário-executivo da SSP-DF, Alexandre Patury, esteve no local na manhã desta terça-feira para orientar o MLB-DF a acatar a decisão judicial que determina a desocupação. “Nós não queremos que vire um campo de guerra. Que a polícia entre e faça uma retirada forçada. Negociamos com o advogado e com a líder do movimento para que eles saiam em paz e a decisão judicial seja efetivamente cumprida”, afirmou Patury.

A Polícia Militar do DF (PMDF) cercou o prédio na noite dessa segunda-feira (11/11), um dia após a decisão da Justiça de reintegração de posse. Desde então, cerca de 20 pessoas, entre crianças, jovens e adultos, estavam dentro do imóvel, enquanto outros 40 ocupantes ficaram impedidos de entrar.

No mesmo dia, houve dois episódios mais tensos, quando, em diferentes momentos, duas pessoas tentaram levar fraldas, papel higiênico, pomada e água para as pessoas que estavam dentro do prédio.

No primeiro momento, a conselheira tutelar da Asa Sul, Nathália Vieira, foi impedida inicialmente de levar os mantimentos. Vídeo registrado pelo Metrópoles mostra a conselheira negociando com policiais. Ela bate boca com os militares e depois retorna, sem conseguir levar os itens à ocupação.

Mais tarde, o universitário David Borges dos Santos foi ameaçado por PMs após pular o gradil feito pela corporação e tentar levar fraldas à ocupação.“Você vai sair ou você vai ser preso! Entendeu?”, afirmou um militar.

Na sequência, um policial puxou o universitário pela perna, enquanto outros militares cercaram e imobilizaram o estudante. O jovem caiu no chão, foi cercado e imobilizado. Veja imagens:

Homenagem a candango soterrado

O MLB-DF detalhou que havia 80 famílias na ocupação do edifício, abandonado “há mais de sete anos na capital do país”. A ocupação recebeu o nome de Expedito Xavier Gomes, um dos candangos que trabalhou na construção de Brasília.

Ele e o colega de trabalho Gildemar Marques Pereira morreram em 1962, no canteiro de obras da Universidade de Brasília (UnB). Um dos auditórios da instituição de ensino superior recebeu o nome Dois Candangos, a pedido de Darcy Ribeiro, em homenagem aos operários soterrados durante as escavações do subsolo da instituição de ensino superior.

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