Familiares se despedem de pai e filho, vítimas de chacina no DF
Vitimas da chacina que matou 10 pessoas da mesma família foram enterradas no Cemitério do Gama, na tarde desta quinta-feira (26/1)
atualizado
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Na tarde desta quinta-feira (26/1), parentes e amigos deram o último adeus a Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54 anos, e ao filho dele, Thiago Gabriel, 30 anos, vitimas da chacina que matou 10 pessoas da mesma família. Eles foram enterrados no Cemitério do Gama, por volta das 16h30.
Como os corpos já estavam em estado avançado de decomposição, não teve culto na capela, apenas o cortejo. O vigilante Alfredo Rudson, 65 anos, é amigo de Marcos há cerca de 30 anos. Ele é figura conhecida entre a família e até chamado de “tio” pelos filhos de Marcos.
A convivência frequente também se deu por eles morarem no mesmo lugar. “Muitos anos de Gama, morávamos perto um do outro”, diz Alfredo. Além de serem praticamente vizinhos, eles se encontravam nas vaquejadas, esporte que praticavam juntos. “Tenho muitas boas memórias de competições de vaquejadas com ele. Marcos era gente boa, sério, nunca tivemos nenhum problema ou desentendimento”, conta ele.
Segundo a ex-esposa do sobrinho de Marcos, que preferiu não ser identificada, a mãe dele, e avó de Tiago, Dona Tonha, não compareceu ao enterro por ser uma senhora de idade.
Corpos
O corpo de Marcos Antônio estava desmembrado e foi enterrado em uma cova improvisada, no cativeiro em que Renata Juliene Belchior, 52, e Gabriela Belchior de Oliveira, 25, mulher e filha dele, respectivamente, teriam sido mantidas reféns.
O cadáver foi localizado dia 18/1. Nessa terça-feira (24), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) encontrou mais três corpos na cisterna de uma casa abandonada no Núcleo Rural Santos Dumont, em Planaltina, a cerca de 5 km do cativeiro. Um deles era o de Thiago Gabriel.
Entenda o crime
Elizamar e os três filhos foram encontrados na rodovia GO-436, Km 69, localizado em Luziânia (GO), dentro de um carro todo carbonizado. Além dos quatro corpos, três cadáveres relacionados ao caso surgiram ao longo da investigação da Polícia Civil do DF.
Ao todo, dez pessoas da família estavam desaparecidas desde 12 de janeiro. Até agora, cinco pessoas foram presas suspeitas de terem participado do crime. A PCDF pediu, ainda, pela apreensão de um adolescente de 17 anos.
Os depoimentos de Horácio Carlos, 49, e Fabrício Canhedo, 34, detidos por envolvimento na chacina, apontam Gideon Batista de Menezes, 55, como suposto mentor do crime. O pescador foi preso na terça-feira (17), com queimaduras profundas nas mãos e no rosto.