Familiares e amigos se despedem de gerente executado em boate
Adeus de Anderson Soares da Silva, de 37 anos, é marcado por sentimentos de revolta e dor. Enterro ocorreu no cemitério da Asa Sul
atualizado
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Com indignação e ainda tentando entender o que aconteceu, familiares e pessoas próximas ao gerente Anderson Soares da Silva, 37 anos, executado enquanto trabalhava na boate Alfa Pub, no Setor Hoteleiro Sul, se despediram dele em velório realizado neste sábado (08/02/2020), no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.
Ele foi morto a tiros no estabelecimento que fica no térreo do Hotel Bonaparte, na madrugada dessa sexta-feira (07/02/2020).
A 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) investiga o caso. Ainda não se sabe a motivação do crime.
Anderson tinha dois empregos distantes da residência em que vivia com a mãe, no Paranoá. Pela manhã, trabalhava em uma oficina em Taguatinga, onde atuava como consultor técnico. À noite, gerenciava a boate na Asa Sul.
Vídeos mostram gerente sendo executado em boate na Asa Sul:
Responsável e trabalhador
Pelo cotidiano corrido, Anderson é lembrado pelos parentes e amigos como “um homem trabalhador”. Padrinho da vítima, Valter Oliveira Silva, 54 anos, disse ao Metrópoles que não pode imaginar quem possa ter cometido o crime contra o gerente.
“Era uma pessoa muito prestativa, com o coração enorme, amigo de todo mundo. Alguém que evitava ao máximo confusão, até preferia ficar sem razão do que discutir”, contou. “Ainda não consegui assimilar. Não tem como saber quem pode ter feito isso”, lamentou.
Valter, que conhece Anderson há 37 anos, idade que tinha o gerente, contou ainda que tinha contato semanal com ele. Segundo o padrinho, a família ainda não consegue compreender o assassinato do homem.
“Eu vi o Anderson nascer. A gente era muito amigo, pescava junto, se via toda semana”, lembrou, com lágrimas nos olhos.
Amiga próxima de Anderson, Daiana Clécia Ferreira da Silva, 35, reforça a característica alegre da vítima. “Eu o conheço há muitos anos. Sempre foi um homem muito alegre, barulhento, divertido”, descreveu.
“A gente tem esse ciclo de amizade que se reúne todo final de semana, então nos víamos sempre. E ele era uma pessoa muito humana, com uma índole muito boa. Não dá para entender isso”, enfatizou ela.