Familiares e amigos se despedem de advogado morto por afogamento no lago
Até colegas de infância estiveram presente, o que mostra, para a família, como Carlos Eduardo sempre foi uma pessoa querida
atualizado
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Cerca de 50 pessoas acompanharam, no fim da tarde desta quarta-feira (5/8), o enterro do advogado Carlos Eduardo Marano Rocha, 41 anos. Ele foi encontrado morto no Lago Paranoá nessa terça (4/8), após cair de uma lancha em que estava no último sábado (1º/8).
Entre cantos religiosos e abraços, amigos de infância e familiares se despediram do profissional. Parentes mais próximos disseram palavras emocionadas próximos ao caixão, antes de sepultamento ocorrido no cemitério da Asa Sul.
O adeus durou pouco menos de uma hora. O carro da funerária chegou e um momento de emoção tomou conta dos presentes. Perto das 17h, familiares e amigos levaram o caixão para o túmulo. Quase uma dezena de coroas de flores foram enviadas como forma de homenagem.
“Era um cara muito apegado à família. Mandava mensagem que amava o pai todos os dias. Uma pessoa de raízes”, diz Carolina Nathair, 41, irmã de consideração de Carlos.
Para ela, o mais bonito foi ver tantos amigos de infância presentes nesse dia. “Estava comentando com o pessoal a presença desses colegas. Isso mostra como ele era”, destaca.
O escritório de advocacia Leite, Tosto e Barros Advogados, onde Carlos Eduardo trabalhava, divulgou nota lamentando a morte do funcionário. “Lamentamos profundamente o falecimento do nosso querido Carlos Eduardo Marano Rocha, carinhosamente, conhecido como Dudu. Os sócios e colegas do escritório estão consternados com a sua precoce partida. Solidarizamo-nos com a família e seguimos em oração”, diz o comunicado.
Resgate
O corpo de Carlos Eduardo foi localizado no Lago Paranoá no início da noite de terça-feira (4/8), perto do clube Cota Mil. Pelas vestimentas, a família confirmou que se tratava dele. A vítima foi levada para a margem, e os parentes, então, farão o reconhecimento oficial.
Carlos Eduardo estava desaparecido desde o último sábado (1º/8), após supostamente ter caído de uma lancha. “A gente, agora, vai proceder com a investigação. As vestimentas batem com as informações que temos”, disse o capitão do Corpo de Bombeiros do DF Daniel Oliveira, responsável pela operação de resgate.
Os militares procuravam pistas desde o primeiro dia. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) trata o episódio como acidente. Os depoimentos colhidos pelos investigadores da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), responsável pelo caso, reforçam a tese.
Das 12 pessoas que estavam na lancha, oito foram ouvidas pela polícia. O celular do advogado foi localizado por familiares em uma das embarcações e será encaminhado para perícia. Caso comprove que ocorreu, de fato, um acidente, é possível que não haja responsabilização criminal por falta de nexo de causalidade, explicou um dos investigadores à reportagem.
Além disso, o corpo dele passou por exames no Instituto de Medicina Legal (IML) na manhã desta quarta-feira (5/7). O Metrópoles apurou que os médicos legistas não encontraram nenhuma lesão que possa invalidar a linha de investigação de que foi um acidente.