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Familiares e amigos dão adeus a motorista de app morto no DF: “Covardia”

Cerimônia ocorreu pela manhã no Cemitério do Gama. Parentes e colegas usaram uma camisa do Atlético (MG) estampada com uma foto da vítima

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Familiares, amigos e motoristas de aplicativo despedem-se de Geraldo Iris Gontijo, 50 anos, na manhã desta quinta-feira (14/1), no Cemitério Campo da Esperança, no Gama. O trabalhador da empresa 99 Pop foi encontrado morto no porta-malas do próprio carro na manhã de terça-feira (12/1).

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Ela recebeu o conforto de familiares e amigos
Muitos que participaram do sepultamento usaram uma camisa do Atlético (MG), com o rosto do motorista estampado
Geraldo era torcedor fanático do Atlético (MG)
Geraldo deixou a mulher, quatro filhos e cinco netos
O enterro de Geraldo ocorreu no Cemitério do Gama
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Por estar muito abalada, a mulher de Geraldo Iris Gontijo usou uma cadeira de rodas durante o enterro, no Gama

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Ela recebeu o conforto de familiares e amigos

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Muitos que participaram do sepultamento usaram uma camisa do Atlético (MG), com o rosto do motorista estampado

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Geraldo era torcedor fanático do Atlético (MG)

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Geraldo deixou a mulher, quatro filhos e cinco netos

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O enterro de Geraldo ocorreu no Cemitério do Gama

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No velório, que teve início às 9h, os parentes vestiram camisetas do Atlético (MG), time do coração do morador do Gama. A camisa personalizada estampava o rosto de Geraldo na parte da frente e, atrás, o sobrenome “Iris Gontijo”, com o o número 16 – no próximo sábado (16/1), ele completaria 51 anos.

Segundo o sobrinho da vítima, o comerciante Cleiton José de Lima, 42, Geraldo “era atleticano roxo”. “É uma forma de homenageá-lo”, diz. Durante o sepultamento, às 11h10, familiares e amigos fizeram orações e cantaram o hino do Atlético Mineiro.

Segundo ele, o motorista de aplicativo trabalhava no serviço de transporte por aplicativo há cerca de um ano. “Ele teve uma padaria aqui no Gama, foi comerciante. Depois que vendeu (a padaria), começou a trabalhar com aplicativo”, conta.

“Como temos idades próximas, fomos criados juntos lá em Minas Gerais. Sempre fomos muito próximos”, relata. “Era um cara que trabalhava desde jovem. Toda a vida foi um trabalhador e acabou vítima de uma covardia”, lamenta o sobrinho.

Conforme Cleiton, a família agora deseja que os responsáveis pelo crime sejam punidos. “Eles não se contentaram somente em assaltar. Tiveram de matar também, tirar a vida de um pai de família”, desabafa.

Segundo familiares, Geraldo foi dono de uma padaria no Gama, mas vendeu devido ao aumento da criminalidade na região. Há mais dois anos, ele trabalhava como motorista de aplicativo para sustentar a família.

“Caso assim de violência com ele, na profissão, nunca havia acontecido antes, que a gente saiba. Mas, por existir essa criminalidade toda, ele pensava em abandonar essa profissão, tinha isso nos planos”, comentou Cleiton.

Por estar muito abalada, a mulher de Geraldo acompanhou a cerimônia em uma cadeira de rodas. Geraldo deixou quatro filhos e cinco netos – um deles ainda vai nascer.

Investigação

As apurações para elucidar a morte do motorista de aplicativo Geraldo Iris Gontijo, 50 anos, passam por uma “testemunha-chave”, segundo a delegada Samya Noleto, titular da 1ª Delegacia de Valparaíso (GO).

O motorista foi encontrado morto, na manhã de terça-feira (12/1), no porta-malas do próprio carro, no pátio do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).

Conforme a PCDF, a Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência de localização de cadáver na unidade de saúde, por volta das 8h50. No local, dois homens disseram aos militares que, horas antes, encontraram uma outra vítima de arma de fogo dentro de um carro, num setor de chácaras de Valparaíso (GO). Era um homem, de 31 anos, que estava no banco traseiro de um Volkswagen Up, ainda com vida.

“Pela dinâmica do crime, é possível materializar algumas coisas, mas ainda estamos mantendo a investigação sob sigilo para não atrapalhar”, informou a delegada Samya Noleto. A polícia trabalha com a possibilidade de latrocínio (roubo com morte).

Na manhã de quarta-feira (13/1), motoristas de transporte por aplicativo do DF fizeram um protesto no Gama contra a insegurança na profissão.

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