Família pede ajuda para manter cuidados com bebê sequestrado no Hran
Pais precisam de todo o tipo de doações. Desde um berço para o pequeno Jhony dormir até fraldas, roupinhas e alimentos
atualizado
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A felicidade está estampada no rosto de Sara Maria da Silva, 19 anos, e Jhony dos Santos, 20, mãe e pai do pequeno Jhony Júnior. Eles viveram um drama esta semana, ao ter o único filho sequestrado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Agora, não param de mimar o bebê no barraco de 40 metros quadrados, de compensado, na Vila Estrutural, um dos lugares mais carentes do Distrito Federal.
Desempregados, os pais vivem em um ambiente de miséria total. Tudo o que têm em casa veio do Lixão, que fica bem próximo de onde vivem. O fogão é velho. A geladeira não funciona. “Juninho”, como o pequeno está sendo chamado pela família, não tem sequer berço para dormir.
Sara conta que há somente dois pacotes de fralda em casa. “Nós precisamos de todo o tipo de ajuda. Fraldas, alimentos, roupinhas e itens de cuidados para o bebê. Também queria que meu filho tivesse vários carrinhos. Eu ainda não pude dar nenhum”, disse a mãe.
A avó paterna, a dona de casa Dalvina Maria dos Santos, 40, mora na residência ao lado e está recebendo as doações. “Eu também estou desempregada e não tenho como ajudar. Tudo o que eles conseguirem será bem-vindo. O importante é termos condições para cuidar do meu neto.”
Audiência de custódia
Em audiência de custódia na manhã desta quinta (8), o juiz Aragonê Nunes Fernandes decidiu converter a prisão em flagrante para preventiva de Gesianna de Oliveira Alencar, 25. A mulher que, na terça (6), sequestrou o pequeno Jhony, vai voltar para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), ao lado do Parque da Cidade, e, nesta sexta (9), será levada, junto com outros presos, para a Penitenciária Feminina do DF, a Colmeia.
A decisão de mantê-la presa é do juiz do Núcleo de Audiência de Custódia do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). “Embora a autuada seja tecnicamente primária, tenho que a gravidade concreta do caso espelha a sua periculosidade social”, disse o magistrado, ao justificar a manutenção da sua prisão.
De acordo com o magistrado, a mulher agiu de forma “ardil” para entrar no hospital e também enganar a família, inventando uma falsa gravidez.
Para ajudar a família com fraldas ou alimentos, basta ligar para 98381-4298 e falar com Dalvina. Se preferir, também é possível deixar as doações no Conselho Tutelar da Estrutural, no Setor Central Área Especial 19 ao lado do TRE – (61) 3465-5161 / 3465-6909.