Família pede ajuda para achar motorista de app desaparecido no DF
Luiz Fhellipe Silva de Mendonça saiu de casa na última quinta-feira (12/03) para trabalhar e não retornou mais
atualizado
Compartilhar notícia
A família de um motorista de aplicativo pede ajuda para localizar o homem, que está desaparecido há três dias. Luiz Fhellipe Silva de Mendonça, 30 anos, saiu de casa na última quinta-feira (12/03) para trabalhar e não retornou.
Segundo a mãe de Fhellipe, ele trabalha há cerca de dois anos na categoria. Atualmente, ele prestava serviço para as empresas Uber e 99 Pop. “Ele sempre ligava, avisava, dava notícia. Geralmente, saía de casa por volta de 13h e voltava 2h, 3h da madrugada. Mas nunca tinha ficado assim sem dar notícias”, contou Andreia Ferreira Rocha, 45.
O homem mora com a avó no mesmo condomínio em que a mãe reside, na Ponte Alta, no Gama. Segundo Andreia, ele tomou café da manhã com ela na quinta-feira e saiu por volta de 12h para encontrar o proprietário do veículo que usa para trabalhar.
“O carro dele é alugado. Ele tinha marcado de encontrar com o dono para entregar uma chave que estava com ele. Só que mais tarde, esse dono ligou para o celular do meu irmão, que o Fhellipe usou para falar com ele, e perguntou se a gente sabia onde estava o Fhellipe, porque eles não se encontraram”, relatou a mãe.
Na sexta-feira (13/03), então, o proprietário do carro registrou boletim de ocorrência na 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte). Segundo a Polícia Civil do DF (PCDF), a ocorrência registrada pelo dono do carro, contudo, trata-se de apropriação indébita. Isto é, posse de coisa alheia, sem o consentimento do proprietário.
A família, agora, pede para que quem tiver notícias sobre ele entre em contato com Andreia. “Estamos esperando respostas da polícia, porque isso nunca tinha acontecido”, disse ela, preocupada.
O carro que ele usa é um Nissan Versa branco, com placa ITE 2516. Quem tiver informações que possam ajudar os parentes pode falar com a mãe de Fhellipe no número (61) 99605-9964.
Em nota enviada ao Metrópoles, a Uber informou que “está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações sobre o desaparecimento do motorista parceiro Luiz Fhellipe Silva de Mendonça, na forma da lei”.
À reportagem, a 99 Pop disse que “está apurando as informações sobre o caso e está à disposição para colaborar com a polícia, se necessário”.
Falta de segurança
A falta de segurança para motoristas de aplicativo tem chamado atenção de profissionais da categoria que trabalham no Distrito Federal. Até o início do mês passado, quatro condutores do DF foram mortos, dois deles no mesmo dia, em 9 de fevereiro.
Em fevereiro deste ano, a Câmara Legislativa (CLDF) aprovou, em dois turnos, o projeto de lei que cria obrigações para as empresas de transporte por aplicativos aumentarem a proteção para motoristas e passageiros.
Os principais pontos do projeto são a opção de não atender corridas pagas em dinheiro, saber o destino final da viagem, disponibilizar um “botão do pânico” e a previsão de instalar câmeras de videomonitoramento a fim de auxiliar motoristas e usuários em caso de ameaças. Além disso, a norma prevê a identificação do passageiro por meio de foto quando o pagamento for em dinheiro.