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Família morta em incêndio se trancou no quarto antes de ouvir explosão

Graciane Rosa Oliveira, Luiz Evaldo Lima, e o filho deles de 1 mês, morreram após cair do 7º andar do apartamento em Valparaíso de Goiás

atualizado

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A família que morreu após um incêndio atingir um apartamento em Valparaíso de Goiás, Entorno do Distrito Federal, teria se trancado em um quarto para “evitar” o cheiro forte que a impermeabilização de um sofá causava na sala. Graciane Rosa de Oliveira, 25 anos, Luiz Evaldo (foto em destaque), 38, e o filho recém-nascido do casal, Leonardo, de 19 dias, não resistiram após caírem da janela do apartamento, que ficava no 7º andar do edifício, na tentativa de escapar das chamas.

A mãe de Graciane, Maria das Graças, estava no apartamento no momento do ocorrido. Com 30% do corpo queimado, ela passou por cirurgia na segunda-feira (2/9) e segue se recuperando.

Um filho conseguiu visitá-la no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Segundo o advogado da família, Paulo Henrique, Maria das Graças lembra dos momentos antes da tragédia.

“Ela contou ao filho que estava na cozinha quando ouviu uma forte explosão na sala. A porta da geladeira teria explodido com o impacto e bloqueado a passagem, mas ela disse ter conseguido passar por baixo da porta e acessado a sala”, relatou o advogado.

Entorno: casal e criança morrem durante incêndio em apartamento. Vídeo

Maria disse, ainda, que Graciane, o marido e o filho estavam trancados no quarto para escapar do cheiro forte que estava na sala. Por isso, quando as chamas se espalharam, eles não conseguiram sair do cômodo. “Ela disse que o prestador de serviços que estava fazendo a impermeabilização do sofá [Renan Lima Vieira] voltou para buscá-la e, por isso, os dois conseguiram escapar. Ele salvou a vida dela”, completa o advogado.

Renan também foi internado com queimaduras, mas recebeu alta. Nem ele nem Maria das Graças foram ouvidos pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), responsável pelas investigações do caso.

A expectativa de Paulo Henrique é de que as duas testemunhas sejam ouvidas nos próximos dias.

Laudo e suposições

O laudo preliminar da perícia do Corpo de Bombeiros teria apontado para a hipótese de que o produto usado na impermeabilização do sofá foi um dos principais causadores do incêndio. “O laudo ainda é preliminar, então não descarta totalmente a possibilidade de ter sido um vazamento, mas as evidências mais fortes apontam para o produto utilizado”, diz Paulo Henrique.

O advogado ainda relata que Maria das Graças se lembra do momento em que a filha informou a ela, dias antes do ocorrido, ter comprado um produto para a impermeabilização do sofá por R$ 300. “Considerando o preço, acredito que o produto era à base de solvente”, completa Paulo.

Relembre o caso

A tragédia aconteceu no Bloco E do Condomínio Parque das Árvores, no bairro Parque Rio Branco. A família estava em casa quando as chamas tomaram conta do local. Os três caíram da janela ao tentar se salvar e morreram na hora. A corporação do Distrito Federal também atuou no atendimento às vítimas e detalhou que, além da família que pulou do apartamento, um cachorro morreu.

O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) recebeu um chamado para a ocorrência por volta das 11h. No entanto, a situação se agravou rapidamente, segundo a corporação.

Apesar de moradores apresentarem diversas versões quanto às causas do incêndio, o CBMGO destacou que a causa do incêndio só poderá ser determinada após perícia técnica detalhada no edifício.

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