Família faz campanha para pagar tratamento de criança com microcefalia
Romilda Assunção, de 25 anos, está desempregada atualmente e sobrevive de doações
atualizado
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Aghata Assunção Gomes completou, em fevereiro, três meses de vida. Para a criança, que tem microcefalia, são também meses de muita luta. Aghata mora com a família no Córrego do Ouro, área rural da Fercal, e teve alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) a qual estava internada em 15 de fevereiro. A criança recebe atendimento médico domiciliar, mas, devido às condições da família, está sem alguns produtos básicos para o tratamento, e pede ajuda.
Aghata nasceu com microcefalia em novembro do ano passado, no Hospital Regional de Sobradinho. Ela é a terceira filha de Romilda Assunção, de 25 anos, que está desempregada atualmente.
“Eu preciso de álcool, algodão, leite, remédios manipulados, fraldas, roupas e tudo que alguém puder me doar, eu recebo. Qualquer ajuda é bem vinda”, desabafa a mãe, ao contar que precisa cuidar da sonda da filha que se alimenta pela região abdominal, já que não pode usar a via oral para a sua nutrição diária.
O diagnóstico de microcefalia de Adghata só veio quando ela nasceu, o que pegou a família de surpresa. Romilda contou ao Metrópoles que não conhecia a doença e não tinha muitas informações. “Foi um susto para todo mundo, e até hoje eu não sei qual foi a causa”, diz. Agora, Aghata precisa do acompanhamento com fisioterapeuta, fonoaudióloga e nutricionista, além dos exames de rotina.
Como consequência da malformação do cérebro durante a gestação, Aghata terá algumas limitações motoras. A filha de Romilda recebe atendimento a domicílio da empresa Home Doctor. “É muito complicado para eles virem aqui na comunidade da Fercal. Agora, mesmo com a chuva, espero que eles venham dar o apoio que minha filha precisa.” A mãe conta com ajuda solidária para manter os cuidados com a filha, e mesmo assim tem passado por situações difíceis.
A reportagem entrou em contato com a empresa de atendimento em domicílio que diz se responsabilizar por ter transferido a paciente para casa, permitindo o tratamento com menores riscos de infecções. “O domicílio onde a paciente reside é de difícil acesso e comunicação, porém, mesmo diante esta situação adversa, nos responsabilizamos pelo atendimento da paciente”, disse a empresa.
Microcefalia no DF
Atualmente o Hospital da Criança de Brasília (HCB) realiza assistência para 40 crianças com microcefalia no DF, pelas mais diversas causas: malformação, falta de oxigenação, sequelas, mas, na maioria dos recém-nascidos, as causas são desconhecidas.
A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou projeto que obriga os hospitais públicos e privados do DF a realizarem exames de medidas intracranianas em recém-nascidos.
O Projeto de Lei nº 778/2015, de autoria do deputado Robério Negreiros (PSD), foi aprovado em sessão extraordinária remota na tarde desta quarta-feira (3/3).
Negreiros explica que o objetivo da iniciativa é identificar possíveis casos de microcefalia. A exigência para a realização dos exames vale para unidades de saúde públicas e privadas.
Como ajudar
Quem quiser ajuda Aghata Assunção pode entrar em contato com a mãe, Romilda Assunção, pelo WhatsApp (61) 99462-8601.
Para doações de qualquer quantia em dinheiro:
Pix Itaú:
04396904126