Família faz campanha para cirurgia de filho que tem doença vascular
Mateus Rodrigues Santana, 2 anos e 10 meses, tem má formação em vasos linfáticos e precisa de operação urgentemente
atualizado
Compartilhar notícia
Aos 2 anos e 10 meses, Mateus Rodrigues Santana tem uma das limitações mais sacrificantes para uma criança desta idade. O menino não pode correr ou usar brinquedos nos quais precise pular, por causa do risco de pancadas em determinados locais do corpo. Isso porque sofre de lesão congênita nos vasos linfáticos, chamados de linfangiomas — cistos ou vasos dilatados —, espalhados, principalmente, pelo pescoço, costas e abdômen.
O drama de Mateus, que mora em Vicente Pires com a família, aumenta a cada dia. A pediatra que o atende, no Hospital da Criança de Brasília (HCB), Adriana Maria Serra, afirma que o caso demanda cirurgia urgente. Além disso, a situação do menino é considerada incomum e, por isso, o número de profissionais habilitados a executar o procedimento é restrito no Brasil.
A médica acrescenta que a enfermidade causa deformidades pelo corpo. Mateus tem oito delas. Esses locais, segundo Adriana, não podem sofrer impactos, devido ao risco de decorrentes hemorragias, o que pode acarretar problemas graves.O Mateus tem má formação vascular. A doença se manifesta no nascimento, em pequenas manchas e cresce, proporcionalmente, com o paciente
Adriana Maria Serra, pediatra
A pediatra detalha que quatro das deformidades no corpo de Mateus merecem atenção especial: uma no abdômen (que tem característica venosa), duas nas costas (linfáticas) e, a mais delicada, no pescoço (mista). Ela avalia que o linfangioma situado no pescoço pode comprometer a locomoção do menino, pois se localiza perto da região cervical da coluna vertebral. Essa parte, portanto, demanda cirurgia mais delicada que as demais.
Para se livrar dos linfangiomas e evitar o comprometimento perpétuo de sua saúde, o menino tem de viajar a São Paulo, onde se concentram os principais especialistas nesse tipo de cirurgia no país. Para bancar a operação, os pais dele necessitam arrecadar, até o próximo 25 de dezembro, R$ 40 mil, montante o qual, hoje, a família afirma que não dispõe. A mãe de Mateus, a professora Alline Santana, iniciou, no último dia 18, campanha na internet para juntar a quantia.
A mãe do menino conta que precisa contê-lo, diariamente, para evitar quedas e pancadas nos locais em que há linfangiomas. Para isso, ela pediu a suspensão do contrato temporário de professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal para se dedicar, exclusivamente, ao filho.
“Toda criança quer correr, mas o Mateus não pode. Isso o deixa agitado, o que, segundo os médicos, aumenta o fluxo sanguíneo e representa risco”, afirma Alline, que mora com o marido e uma filha de 10 meses, além de Mateus.
Tratamento
Neste ano, a família investiu na cura da doença por um método menos invasivo que a cirurgia. Consultou um médico especialista em Goiânia, que receitou tratamento com propanolol — medicamento anti-hipertensivo, utilizado, no caso de Mateus, para tentar diminuir o fluxo sanguíneo nos linfangiomas. A aposta não surtiu efeito: em três meses, o corpo do garoto não demonstrou sinais de regressão da doença.
“O ideal é que se faça o tratamento com remédios até 2 anos e durante, pelo menos, um. Agora, por causa da idade dele, a cirurgia deve ocorrer logo”, reforça a pediatra Adriana Maria Serra, especialista em hemangiomas — outro tipo de doença vascular, caracterizado por acúmulo anormal de vasos sanguíneos na pele ou órgãos internos.
Arrecadação
A campanha tem objetivo de juntar apenas o dinheiro referente às cirurgias para remoção dos linfangiomas — para a retirada de cada um dos oito, o custo estimado é de R$ 5 mil (R$ 40 mil no total). Ou seja, dispensa os gastos de deslocamento e hospedagem da família na capital paulista. Não inclui também os exames de imagem necessários antes da cirurgia, como ressonância magnética com contraste e doppler, cujos preços ainda não foram avaliados pela família.
No próximo dia 10, a família viajará a São Paulo para consultar a equipe médica que deve fazer a cirurgia.
Os interessados em doar precisam acessar a página da campanha, fazer depósito ou transferência bancária nas contas da mãe ou do pai de Mateus, Fernando Rodrigues. Além disso, Alline disponibiliza contato para quem quiser conhecer melhor a história do filho.
Doações financeiras podem ser feitas por meio de conta bancária:
BRB
Agência: 124
Conta corrente: 006048-0
Titular: Alline Santana Silva
CPF: 011.064.521-94
Contato: 99107-7573
Banco do Brasil
Agência: 2727-8
Conta corrente: 133655
Titular: Fernando Rodrigues de Almeida
CPF: 009.516.121-07