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Família e amigos se despediram de Antônio Carlos Elizalde Osório

Sepultamento do advogado foi realizado na manhã deste domingo (24/4), na Ala dos Pioneiros do Cemitério Campo da Esperança

atualizado

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Antonio
1 de 1 Antonio - Foto: OAB/Divulgação

Unidos pela emoção e pelas boas lembranças, familiares e amigos do advogado Antônio Carlos Elizalde Osório participaram da despedida ao escritor, na manhã deste domingo (24/4). O corpo dele foi sepultado por volta das 11h, na Ala dos Pioneiros do Campo da Esperança. Com uma carreira dedicada à advocacia, à poesia e a obras jurídicas, Osório deixou a mulher, Natanry Osório, e cinco filhos.

Depois de ser velado em casa, o corpo do advogado foi levado para o Campo da Esperança. Antes do sepultamento, cada um dos filhos declamou uma poesia escrita pelo pai. A mulher de Antônio Carlos também lembrou um pouco da história do marido. “Antes de tudo, ele foi um grande semeador e grande cultivador, de fé, de profissões, de bondade para as pessoas. Estou aqui recebendo as pessoas para devolvê-lo ao céu. Agora ele é um guardião de todas as vidas que deixou aqui”, disse Natanry, emocionada.

Antônio Carlos Elizalde Osório teve falência múltipla de órgãos na última sexta-feira (22), depois de cinco dias internado. Não resistiu aos problemas de saúde e faleceu por volta das 17h, aos 88 anos.

Carreira
Gaúcho de Quaraí, Osório nasceu em 1927 e veio para Brasília ainda na construção. Foi o primeiro advogado a montar um escritório no Distrito Federal, em 1957, no Núcleo Bandeirante. Em um sorteio, os fundadores da OAB-DF decidiram que não haveria a inscrição 001. Osório ficou, então, com a de número 007. Osório presidiu a entidade entre 1969 e 1971.

Graduado em Filosofia e em Direito, Osório também dedicava grande parte de seu tempo à poesia. É autor de 12 livros, entre eles Brasília: diálogo com o futuro (Thesaurus, 1978). Foi filiado à Associação Nacional dos Escritores e ao Sindicato dos Escritores do DF.

Reprodução/FacebookOsório ficou casado com Natanry por 57 anos. Professora, ela teve o contrato assinado com o governo de Brasília no dia da inauguração da cidade, em 21 de abril de 1960. Foi de Natanry a responsabilidade de alfabetizar a primeira turma dos filhos dos pioneiros de Brasília.

Pelo Facebook, Natanry homenageou o companheiro e relembrou o casamento “com momentos diversos, mas muito amor e admiração pelo grande homem e poeta que foi, é e continuará sendo”. Da união nasceram cinco filhos. Três deles seguiram a carreira do pai.

Lembranças
A morte foi sentida não só pela família, como por todos que tiveram contato com o pioneiro. “A OAB-DF perde um homem que fez história. Primeiro advogado do DF, ex-presidente em momentos difíceis, que foi também diretor do Conselho Federal. Homem de letras, membro da Academia Brasiliense. Grande pai, marido e amigo. Mais uma estrela brilhante no céu”, disse o atual presidente da OAB-DF, Juliano Costa Couto.

O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Sepúlveda Pertence também lamentou a perda de Osório. “Tenho relevo especial por Antônio Carlos Osório, que chegou bem antes de mim a Brasília. Ele chegou na construção da capital. Tivemos, como advogados, convivência mais cordial”, disse.

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