Família doa órgãos de jovem que morreu com choque em quadra
Acidente trágico ocorreu em Luziânia (GO) e tirou a vida de Gabriel Henrique Souza, 18 anos. Mãe se emocionou: “Salvando outras vidas”
atualizado
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A família de Gabriel Henrique Souza Veras, garoto de 18 anos que morreu ao sofrer um choque em uma quadra de futebol em Luziânia (GO), decidiu doar os órgãos do jovem, que já salvou outras vidas. A mãe do menino é técnica de enfermagem no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), do Distrito Federal, e conversou com dois garotos que receberam os rins do filho.
Gabriel Henrique estava jogando futebol em Luziânia e sofreu a descarga elétrica em um poste próximo ao alambrado da quadra, em 12 de janeiro. Levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região, ele foi, posteriormente, encaminhado ao HRSM, mas acabou tendo constatada a morte cerebral cinco dias depois.
A doação dos órgãos foi uma decisão da mãe, Rita de Kássia de Souza, que já havia recebido esse pedido do filho. “Sempre soube da importância da doação de órgãos, e há um tempo, conversando com o Gabriel, ele me disse que gostaria que seus órgãos fossem doados. Quando foi constatada a morte encefálica, lembrei dessa conversa e autorizei a doação”, contou.
Além dos rins, o coração, o fígado e as córneas do jovem também foram doados. O HRSM realizou a captação de córneas, enquanto a retirada e o transplante de outros órgãos foram feitos em outras unidades de saúde do DF, como o Hospital de Base e o Instituto do Coração.
O processo de doação é sigiloso, mas, como o caso contou com muita repercussão, os dois jovens que receberam os rins de Gabriel conseguiram encontrar Rita. “Foi uma grande emoção quando eles fizeram contato comigo, uma sensação grandiosa, um sentimento inexplicável”, disse a mãe.
A presidente do IgesDF, Mariela Souza de Jesus, agradeceu o gesto de Rita, desejando que ele inspire outras histórias. “Me solidarizo com essa mãe que, diante de tamanho luto, pôs-se solidária, salvando assim outras vidas. Todos os dias, nossos profissionais lidam com a felicidade de salvar vidas, mas também com a dor das perdas inevitáveis.”
*Com informações da Agência Brasília