Família de Tainá suspeita que alguém monitorou embarque no aeroporto
Para parentes da menina, circunstâncias da viagem ainda são um mistério e não há explicação de como ela teria conseguido viajar ao Ceará
atualizado
Compartilhar notícia
O embarque da estudante Tainá Silva, 13 anos, para o Ceará ainda é um mistério para a família. A menina moradora de Samambaia Sul desapareceu em 5 novembro. A garota foi encontrada no município de Massapê (CE), na quinta-feira (11/11), como revelou o Metrópoles.
Existem duas versões para a viagem. Familiares suspeitam de que a criança era monitorada.
“Como é que uma menina entrou no aeroporto, embarcou sozinha, sem fiscalização nenhuma? Entendeu? Isso aí é um mistério para a gente. Mas o policial falou que ela estava com o celular e tinha alguém monitorando como ela ia entrar no embarque”, contou o padrasto de Tainá, o pintor José Emerson Santana Loureiro (foto em destaque), 41 anos.
Veja imagens da família:
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Ceará, o homem acusado de convencer a estudante a viajar teria embarcado com ela no aeroporto de Brasília. Mas, de acordo com a família, a Polícia Civil do Distrito Federal suspeita de que a garota tenha embarcado sozinha.
No dia do desaparecimento, Tainá teria dito que iria para a escola. Familiares disseram ao Metrópoles que receberam uma mensagem vinda do celular da criança: “Estou em aula”, dizia o texto. O SMS foi enviado no dia em que a menina desapareceu. Porém, segundo parentes, a menina não foi vista na escola na data.
Independentemente do mistério, Santana aconselha as famílias a redobrarem os cuidados e a atenção com a segurança de filhos e filhas. Para o pintor, parentes precisam monitorar e saber com detalhes quem são amigos e amigas das crianças, inclusive nas redes sociais.
O acusado está preso. E o caso segue em investigação. Nesta sexta-feira (12/11), a família de Tainá Silva deu detalhes do perfil do homem acusado de ter convencido a estudante a ir para o Ceará.
Pelas redes sociais, ele fingia ser adolescente. Apresentou-se como um jovem de 15 anos chamado Maurício Gomes Chagas. Mas nome verdadeiro seria Jocelio Vieira da Luz, de 37 anos.
Segundo o padrasto de Tainá, a estudante conversava com o acusado pelas redes sociais frequentemente. E ela sempre dizia aos responsáveis que se tratava de um adolescente.
Os parentes narraram ao Metrópoles que, certo dia, a menina marcou um encontro em uma estação do metrô com o suposto adolescente. Ela estava acompanhada da mãe, que, a distância, monitorou os dois. Na ocasião, a família não desconfiou e acreditou se tratar de um jovem por causa do porte físico.
“Ele é baixinho, com boa aparência, se veste bem. Enganava qualquer um. Usava boné e tinha cara de menino. Foi um susto para a gente”, contou José Emerson.
Conforme os relatos da família, o acusado teria um perfil no Instagram. E, de acordo com as investigações, ele sempre buscava se aproximar de meninas. O homem está preso no Ceará.
À espera de Tainá
“Glória a Deus! Obrigado, meu pai, achou a minha filha”. Assim comemorou o pintor José Emerson Santana Loureiro, 41 anos, padrasto da estudante Tainá Silva.
A menina, que mora em Samambaia Sul, desapareceu em 5 novembro. Foi reencontrada a partir de investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e da Polícia Civil do Ceará.
José Emerson cria Tainá desde os 2 anos. “Ela sempre me chamou de pai”, afirmou ao Metrópoles, com alívio no coração.
A família aguarda a volta da menina, que está sob a guarda do Conselho Tutelar. Ainda não há data para o regresso, mas há informações de que ela volta ao DF na próxima semana. Segundo a família, a volta depende de etapas administrativas e do aval da Justiça.
Até lá, o pintor espera no portão pela volta da enteada, com a mãe da menina, Jane da Silva, 31, a avó Eulália dos Santos Santana, 64, e o tio Jociel Santana Loureiro, 35.
Enquanto aguarda o abraço do reencontro, José Emerson faz questão de aconselhar outras famílias para que redobrem a atenção e os cuidados com filhas e filhos.
Aeroporto
Segundo nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública do Ceará, o homem de 37 anos, agora tratado como suspeito pela polícia, veio buscar a estudante no DF usando um nome falso.
Segundo a pasta, a jovem foi encontrada com o suspeito no município de Massapê, a cerca de 250km de Fortaleza. Os dois entraram em contato por meio de redes sociais e desembarcaram no aeroporto de Fortaleza, na capital cearense, no último sábado (6/11).
“Após a troca de informações (entra a PCDF e a Polícia Civil do Ceará), foi possível refazer o trajeto da jovem e localizá-la. No momento da abordagem, na cidade de Massapê (CE), a adolescente estava com o suspeito e ambos demostraram surpresa pela localização do paradeiro dela”, informou a Secretaria de Segurança Pública do Ceará.
Ambos foram conduzidos à delegacia do município de Sobral (CE) e prestaram depoimento. Ainda segundo a SSP-CE, a jovem passará por exames periciais e será encaminhada para Fortaleza, onde deverá ser ouvida na sede da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca), no estado cearense.
