Família de jovem supostamente espancado por PMs faz novo protesto

Os parentes e amigos do jovem Thiago Soares, supostamente espancado por policiais militares na saída de uma festa no dia 12 de outubro no Parque da Cidade, realizam uma nova caminhada em homenagem ao jovem neste sábado (3/12). O ato, marcado para as 9h na Quadra 712 da Asa Sul, ocorre às vésperas do dia em que o rapaz completaria 23 anos.

O local foi escolhido para a caminhada porque, segundo testemunhas, o jovem foi colocado no camburão de uma viatura na altura da 712 Sul. “Queremos chamar a atenção e talvez encontrar alguém que tenha visto a ação”, afirma a mãe do rapaz, Elaine Carvalho. Após a partida, os familiares seguem em direção ao Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul, onde Thiago foi enterrado.

Elaine afirma que, além de achar possíveis testemunhas, a caminhada também tem o objetivo de não permitir que o caso seja esquecido. “Precisamos manter essas situações ainda mais em evidência e chamar a atenção das autoridades”, explica.

Laudo
Mais de um mês após a morte de Thiago Soares, em 27 de outubro, o laudo que deve indicar a causa da morte do jovem ainda não foi divulgado. Segundo a família, a previsão dada pelo Instituto Médico Legal (IML) é de que o resultado saia entre 50 e 60 dias após a morte.

Nesta semana, os familiares afirmam ter conseguido na Justiça o direito de ver o prontuário do período em que o rapaz ficou internado no Hospital de Base do DF. No entanto, o documento ainda não foi entregue aos parentes.

Versão da PM
A Polícia Militar nega que tenha espancado Thiago e afirma que o rapaz estava drogado e ficou ferido ao se debater na viatura da corporação. Após 15 dias internado no HBDF, o jovem não resistiu aos ferimentos e morreu. A 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) investiga o caso, assim como a Corregedoria da Polícia Militar.