Família de homem morto por servidor do MPF protesta no Gama: “Queremos justiça”
Parentes pedem que Justiça prenda o acusado de matar Wagner, solto em 20 de setembro último
atualizado
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A família de Wagner Lúcio Evangelista Cezário, motorista de ônibus morto pelo servidor do Ministério Público Federal (MPF) Antônio Rufino Bezerra Paiva, fez um protesto em frente ao Fórum do Gama na tarde desta sexta-feira (7/10). A família está indignada porque a Justiça revogou a prisão preventiva do acusado, em 20 de setembro.
Wagner foi assassinado na própria chácara, no último feriado de Corpus Christi, em 3 de junho. Testemunhas ouvidas pela polícia contaram que os dois homens conversaram sobre uma suposta traição da esposa de Wagner, com Antônio. Depois de um desentendimento, Antônio, que tinha porte de arma de fogo de calibre permitido, por trabalhar como segurança de órgão público, usou uma pistola Taurus de 9mm para acertar dois disparos em Wagner.
Apesar do assassinato ter acontecido no Gama, o acusado e a vítima moravam no Recanto das Emas. As filhas de Wagner, de 10, 15 e 19 anos estiveram no manifestação desta tarde. “Fizemos um protesto pacífico em frente ao Fórum do Gama, tiramos fotos. Ficamos por três horas lá. Queremos justiça”, afirmou o irmão gêmeo de Wagner, Walber Lucas Cezário, 39 anos, que trabalha como instrutor em uma autoescola.
Desde que o acusado de matar o motorista de ônibus foi solto, a família teme represálias do suspeito, que é vizinho da família. O irmão da vítima reclama que as filhas de Wagner não tiveram nenhuma ajuda psicológica e têm dificuldade até em seguir com os estudos. “Para ir à escola, elas têm de passar na rua da casa dele [Antônio]. Elas não querem mais ir pro colégio. A pequenininha não sai mais de casa, está com início de depressão”, lamentou o homem. Ele diz ainda que, desde a morte do pai, as filhas passam por dificuldade financeira.