Família de adolescente morta em incêndio no DF precisa de ajuda para enterro
Chamas também mataram um homem de 37 anos. Família da menina não tem condições de arcar com a despedida. A PCDF investiga o caso
atualizado
Compartilhar notícia
A família de Roberta Cristina Gouveia, adolescente morta aos 16 anos em um incêndio no Itapoã (DF), na quarta-feira (10/5), precisa de ajuda para fazer a cerimônia de sepultamento da garota. Prima da jovem, Emily Mikaela, 21, contou ao Metrópoles que a menina era muito querida no bairro.
Segundo Emilly, a família está em situação de vulnerabilidade econômica. “Precisamos de ajuda para pagar a funerária. A mãe não está trabalhando. Ela está sob efeitos de remédios. A família está inconsolável. Tudo isso é muito triste”, lamentou. “Ela era tranquila e sorridente, uma pessoa muito boa mesmo. Sonhava ser policial”, recorda Emily.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) encontrou dois corpos em uma casa, na QL 8, na manhã dessa quarta-feira. Além Roberta, Rafael de Sousa Peres, 37, também morreu no incêndio.
Segundo a Polícia Civil (PCDF), os dois foram encontrados parcialmente carbonizados. Uma das vítimas acabou asfixiada, provavelmente pela inalação de fumaça, ainda de acordo com os investigadores.
Veja imagens e vídeo:
⏯️ Bombeiros encontra corpo de homem e adolescente em incêndio. pic.twitter.com/LSOUOE2AfK
— Metrópoles (@Metropoles) May 10, 2023
O lote pertence a avó de Roberta, Luciene Maria Gouveia, 60. A adolescente morava com ela, a mãe e um irmão menor de idade. O imóvel, que fica no mesmo terreno que outras casas, ficou totalmente destruído. Uma residência próxima sofreu danos parciais. O fogo levou cerca de uma hora para ser controlado.
O local tinha muitos objetos inflamáveis, como cobertores, panos, colchões e roupas, dentro de um banheiro. A equipe de socorro precisou derrubar a parede do cômodo para retirar as vítimas.
Até a última atualização desta reportagem, a perícia não havia conseguido determinar se o incêndio foi criminoso. O caso é investigado pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).
Dona Luciene falou com a neta pouco antes do incêndio. A senhora ficou desesperada quando observou o começo das chamas. A menina teria saído do imóvel para buscar socorro com a mãe, mas voltou ao local. “Ela não conseguiu sair mais”, lamentou.
Veja a retirada das corpos do local:
Segundo a senhora, Rafael teria gritado dentro do imóvel: “Por onde eu saio? Por onde eu saio?”. A mulher afirmou que não conseguiu ter uma reação para salvar as pessoas.
“Eu preciso de ajuda. Minha neta está morta”, chorou Luciene logo após a tragédia. “A minha neta poderia ser o que fosse, mas para mim era o amor da minha vida. E vai ser sempre”, concluiu.
Quem quiser ajudar a família da jovem pode entrar em contato pelo WhatsApp (61) 981865841 ou doar um Pix pelo 07756845110 (CPF).