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Falta de gasolina: Petrobras nega problema em duto que abastece DF

Informação havia sido dada pelo Sindicombustível nesta sexta-feira, a fim de justificar possível escassez do combustível na capital

atualizado

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André Borges/Esp. Metrópoles
posto de gasolina
1 de 1 posto de gasolina - Foto: André Borges/Esp. Metrópoles

A Petrobras afirmou que não há qualquer problema no duto de abastecimento de Brasília e Goiânia, como havia informado nesta sexta-feira (20/09/2019) o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis). A entidade avisou que pode faltar gasolina na capital da República neste fim de semana. Os motivos seriam a adequação dos pontos de venda à escassez de petróleo no mercado internacional e um problema no bombeamento do duto que abastece as duas capitais. Os pontos de venda no DF foram notificados nos últimos dias por suposta cobrança de preços abusivos.

Entretanto, em contato com o Metrópoles, a Petrobras negou qualquer tipo de problema no equipamento que faz o transporte do combustível para a capital. “A Petrobras informa que o duto OSBRA, responsável pelo abastecimento de combustíveis em Brasília e Goiânia está operando normalmente. Não há problemas na distribuição e o abastecimento ao mercado está garantido. A companhia reitera que seu compromisso é com a venda e entrega de combustíveis às distribuidoras, e que estas são as responsáveis pela entrega dos produtos aos postos”, diz a nota. Por outro lado, Paulo Tavares, presidente do Sindicombustíveis, afirma que não muda o posicionamento e segue afirmando que pode faltar combustível na capital.

Alerta

De acordo com Tavares, todos os postos do DF estão “em adequação”. O problema deve afetar os estabelecimentos de bandeira branca — aqueles que não pertencem a grandes marcas. “O que significa que corre o risco, sim, de alguns ficarem sem produto. Isso pode elevar os preços ainda mais do que o aumento da refinaria ocorrido ontem (quinta-feira).”

A princípio, as distribuidoras deram informações conflitantes para o problema. “Há versões de vazamento de duto por uma grande distribuidora e de que, em outra grande distribuidora, essa falta de produto se deve à demanda (dos postos), que passou a ser maior que a oferta devido ao aumento da R$ 0,06 na gasolina, feito ontem (quinta) e repassado aos revendedores, somado aos fatos ocorridos na Arábia (Saudita, o que, supostamente, resultou em falta de petróleo no mercado internacional)”, destacou o sindicato, em nota.

Por volta das 10h, segundo Paulo Tavares, foi confirmado o problema no bombeamento do duto que abastece Brasília e Goiânia. “Cada distribuidora tem seu plano individual para responder à falha. A previsão de retorno à normalidade é até segunda-feira (23/09/2019). Durante este período, estaremos em adequação de produtos na venda”, acrescentou.

Distribuidoras

A Plural (Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência) confirmou que recebeu a informação de um aumento de demanda de 15%, “o que fez com as distribuidoras buscassem reposição em mercados próximos à região”. Em nota, a associação esclarece que o preço dos combustíveis é livre e quem define o preço na bomba para o consumidor final são os postos revendedores. “Entretanto, é importante destacar que o preço final do combustível vendido no Brasil envolve muitos outros fatores, além do valor de venda determinado pelas refinarias”, afirma.

A distribuidora Ipiranga também enviou resposta para a reportagem do Metrópoles em que, inclusive, fala do problema no duto. “A Ipiranga informa que houve uma intercorrência em um dos dutos da região, operado por terceiros. A empresa acompanha a situação e está tomando as providências necessárias de logística em sua operação. A Ipiranga reforça que está prestando todas as informações necessárias a seus clientes”.

Fiscalização

Na quarta (18/09/2019), o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) foi a campo para notificar e recolher notas fiscais dos postos que estão cobrando mais que R$ 4,22 pelo litro da gasolina, média registrada pela ANP na última semana. Nessa quinta-feira (19/09/2019), foi a vez da ANP fiscalizar os postos do Distrito Federal. A ação foi motivada por denúncias de preços abusivos praticados pelos estabelecimentos.

Após a iniciativa do Procon, o Sindicombustíveis-DF divulgou uma nota técnica mostrando que a alta “parece representar apenas a recomposição de parte da margem de lucro bruto em torno de 10% dos estabelecimentos”. De acordo com a entidade, a margem “ainda está muito longe dos 15,87% de lucro bruto considerado razoável pelo próprio Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ao limitar uma grande rede de postos em Brasília em janeiro de 2016″.

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