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Falso delegado que dopava e estuprava mulheres do DF é condenado a 28 anos de prisão

Gláucio Dourado Saraiva batizava balas com medicamentos de tarja preta para depois roubar e estuprar as vítimas quando estavam sem reação

atualizado

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1 de 1 homem de óculos escuros - Foto: Reprodução

Um criminoso que se passava por delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e atraía mulheres, as dopava e cometia estupros, foi condenado a 28 anos de prisão. Trata-se de Gláucio Saraiva, 44 anos, preso por investigadores da Coordenação de Repressão a Fraudes (Corf), em agosto de 2017, depois de violentar 14 mulheres. Vários processos foram desmembrados e são julgados à parte pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). A condenação é relacionada apenas a um dos casos.

Atualmente, Gláucio é mantido em uma das alas do Presídio do Distrito Federal II (PDF II), no Complexo Penitenciário da Papuda. Durante as apurações, os investigadores identificaram uma espécie de modus operandi adotado pelo criminoso para enredar as vítimas. O golpista ganhava a confiança das mulheres por meio de sites e aplicativos de namoro e se fazia passar por delegado da PCDF, ostentando distintivos falsos e até um veículo semelhante aos usados pelos delegados-chefes da corporação.

Gláucio usava a lábia para conseguir encontrar pessoalmente com as mulheres, sempre jovens e de origem humilde. Em seguida, preparava o terreno para aplicar o golpe chamado de “Boa Noite, Cinderela”. Durante o encontro, ele colocava balas batizadas com substâncias de tarja preta na bebida das vítimas e as dopava. Os medicamos mais usados eram ansiolíticos, como Clonazepan e Rivotril.

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Ele atraia mulheres solteiras por meio de redes sociais e aplicativos de namoro
Na casa do suspeito, foram encontrados distintivos de polícia
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Gláucio Saraiva foi preso pela Polícia Civil no Guará

PCDF
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Ele atraia mulheres solteiras por meio de redes sociais e aplicativos de namoro

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Na casa do suspeito, foram encontrados distintivos de polícia

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Vítimas vulneráveis

Vulneráveis, as mulheres eram levadas para um motel ou para as próprias residências, onde ele mantinha relações sexuais e, depois, fugia com dinheiro, documentos e objetos de valor. Segundo a delegada da Corf, Isabel Davila Lopes, foi descoberto que o golpista colocou comprimidos de Clonazepan nas balas que ofereceu às vítimas e, na maioria das vezes, o benzodiazepínico era consumido com bebida alcoólica, o que agravava os efeitos do ansiolítico.

“Gláucio então cometia estupro, roubo e estelionato contra as mulheres, que não tinham a menor possibilidade de resistência aos atos”, afirmou a delegada.

Ainda segundo os investigadores, na casa do suspeito foram encontrados distintivos de polícia e até mesmo um certificado de especialização emitido por uma entidade da Bahia.

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