Falsa dentista é presa novamente pela PCDF; desta vez, em Goiás
Vanessa Lopes praticava o exercício ilegal da profissão em clínica de Ouro Verde. Policiais a flagraram no momento de uma extração de dente
atualizado
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Vanessa Pureza Lopes, falsa dentista que atuava em Águas Claras, foi flagrada novamente, na manhã desta quinta-feira (26/8), ao exercer a profissão sem diploma de odontologia.
Desta vez, policiais da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) seguiram até a Clínica Odontológica Medcenter, em Ouro Verde (GO), estabelecimento do qual a acusada aparece como sócia. No local, encontraram Vanessa organizando materiais para extrair o dente em uma mulher de 42 anos.
Vanessa, inicialmente, tentou negar o fato e afirmou que apenas fazia um exercício de avaliação. Ao ser confrontada com evidências, no entanto, ela permaneceu em silêncio e foi conduzida até a delegacia de Águas Lindas, município do Entorno de Goiás. Lá, a falsa dentista acabou autuada em flagrante e responderá, mais uma vez, pelo crime de exercício ilegal da profissão.
Na clínica, também trabalhava o marido dela. Segundo a PCDF, não se sabe se ele teve envolvimento com o caso. Ele não estava presente no local no momento do flagrante.
A página do Instagram da Medcenter chegou a apagar os posts que citavam Vanessa como sócia e trabalhadora do local, após o flagrante desta manhã.
O Metrópoles procurou Vanessa Lopes para um posicionamento, mas não obteve retorno das ligações ou das mensagens enviadas. O espaço segue aberto para manifestações.
Falsa formatura
Vanessa cursou odontologia apenas até o 7º semestre na Universidade Paulista, na Asa Sul. Apesar de ter trancado o curso, ela compareceu à formatura da turma. Segundo antigos colegas, ela chegou, inclusive, a reprovar na disciplina de prótese, uma das áreas na qual atuava.
O primeiro flagrante, feito pelo setor de fiscalização do Conselho Regional de Odontologia-DF (CRO-DF), ocorreu no dia 11 deste mês. Em visita de rotina a uma clínica de Águas Claras, a equipe verificou que uma das profissionais listadas no corpo clínico do estabelecimento não tinha registro na entidade de classe e estava, portanto, exercendo ilegalmente a profissão. Vanessa, que se intitulava cirurgiã-dentista, prestava serviço no local havia pelo menos uma semana.
Ao ser questionada pelo CRO-DF, ela confirmou não ser habilitada para o trabalho e admitiu ter inventado o registro no conselho. À época, a polícia conduziu os envolvidos à 21ª Delegacia (Taguatinga Sul) para registro da ocorrência. O crime está previsto no artigo 282 do Código Penal. A pena de detenção varia de 6 meses a 2 anos; e, se, praticado com fins lucrativos, aplica-se multa.
O estabelecimento de Águas Claras acabou autuado por acobertamento do exercício ilegal da profissão.