Falha no Inas-DF faz desconto indevido em contracheque de 9 mil servidores
Mais da metade dos usuários prejudicados é da Secretaria de Educação. Governo admitiu o erro e promete ressarcir beneficiários
atualizado
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O plano de saúde do Distrito Federal, o GDF Saúde, cobrou mensalidades erradas de 9.280 servidores públicos. Os beneficiários ficaram assustados quando viram os contracheques “garfados” com valores acima do assinado em contrato.
A maioria dos servidores prejudicados é da Secretaria de Educação. Na ponta do lápis, 5.180 professores sofreram descontos a mais. Foram debitados, aproximadamente, R$ 160 por mês do salário dos educadores. As cobranças indevidas foram feitas em janeiro, fevereiro e março deste ano.
Em média, cada educador paga R$ 400 por mês pelo plano de saúde. Mas nas mensalidades equivocadas este preço teve aumento entre 30% e 40%, chegando a R$ 560.
O Sindicato dos Professores (Sinpro) cobrou explicações do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do (Inas-DF), responsável pelo plano.
Segundo o diretor do Sinpro, professor Cláudio Antunes, o plano já parou de fazer cobranças indevidas. No entanto, parte dos educadores ainda não recebeu o ressarcimento.
Susto e aborrecimento
O plano de saúde é bem avaliado pelos educadores. “Mas como a gente não ganha muito, qualquer coisa que cobrem a mais acaba nos assustando”, comentou Antunes.
“Esperamos que o Inas organize melhor a cobrança. O plano de saúde é uma grande conquista. Mas essas instabilidades não colaboram para o bem-estar dos servidores”, pontuou o educador.
Erro de parametrização
Segundo o Inas-DF, a cobrança indevida foi causada por um problema de parametrização no processamento das cobranças relativas às contribuições mensais dos beneficiários do GDF Saúde.
“Por causa desse problema, alguns beneficiários estavam sendo cobrados em um valor maior do que o devido”, admitiu o instituto. De acordo com o órgão, a falha foi sanada ainda em abril.
Sobre a previsão de ressarcimento para os beneficiários da Educação, o Inas afirma que está previsto para ocorrer na folha de pagamento de julho, com recebimento em agosto.
No caso dos demais 4.100 beneficiários atingidos em outras pastas, a expectativa do instituto é de ressarci-los na folha de pagamento de agosto, para depósito em setembro.