Falha em central telefônica do Procon-DF prejudica consumidores
Instituto de Defesa do Consumidor aguarda liberação de verba para compra de novos equipamentos. Repasse pode chegar a R$ 50 milhões
atualizado
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Linha ocupada, sinal de chamada inexistente e denúncia sem solução. Essa tem sido a rotina do usuário que liga diariamente para o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) a fim de registrar queixas e não consegue devido a problemas na Central de Atendimento pelo número 151.
Em 2017, o órgão de defesa do consumidor realizou 38.011 atendimentos, entre presenciais e telefônicos. Destes, 8.495 foram pelo 151, número que poderia ser bem maior caso o sistema estivesse em pleno funcionamento.
O Procon reconhece a falha e culpa o equipamento obsoleto, que muitas vezes não direciona as chamadas para os atendimentos ativos. O 151 deveria funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.
Atualmente, a central telefônica recebe denúncias e tira dúvidas. O registro de reclamações deve ser feito presencialmente em um dos 10 postos do Procon ou pelo site. Há ainda o e-mail 151@procon.df.gov.br. Mesmo com todos esses canais, os consumidores reclamam do atendimento e acabam recorrendo, muitas vezes, à página do instituto no Facebook.O instituto ressalta que tem projeto básico de aquisição de nova central telefônica em andamento e que está concentrando esforços para sanar falhas do sistema, além de melhorar os serviços prestados ao consumidor
Trecho de nota do Procon enviada ao Metrópoles
Um funcionário que prefere não se identificar relata que a dificuldade na compra da central é falta de gestão. “Se o problema fosse dinheiro a gente entendia, mas não é. Você deixar um contrato de telefonia vencer é falta de gestão”, reclama.
A reportagem tentou contato com a central na quinta-feira (19) e na sexta-feira (20), no período da tarde, e nesta segunda-feira (23), pela manhã, mas não conseguiu contato.
Dinheiro bloqueado
Em 13 de julho, o Procon assinou termo de cooperação com o GDF e o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). O acordo previa a transferência de R$ 50 milhões para o órgão, via Fundo de Defesa do Direito do Consumidor do DF.
O recurso é proveniente de multas aplicadas de ações movidas por integrantes da Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon), mas não há previsão para ser liberado.
Segundo o órgão, a verba será utilizada para a compra de uma sede própria e de uma nova central telefônica 151, equipamentos de informática e veículos para atendimento móvel.