“Fada madrinha” dos vestidos de noiva dá calote em mulher do DF
Luanny Tayllon contratou a estilista Juliana Santos para fazer o vestido em 2020, mas, após cancelar contrato, não recebeu o valor acordado
atualizado
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Para as noivas que estão organizando a cerimônia de casamento, cada detalhe é planejado e escolhido com todo o cuidado. A ideia é eternizar na memória, dos noivos e convidados, a celebração perfeita. A escolha do vestido dos sonhos é um dos momentos mais esperados. Para a nutricionista Luanny Tayllon (foto em destaque), 28, porém, o sonho do modelo ideal virou sinônimo de frustração, quando a estilista contratada não devolveu o valor pago pela confecção do traje, após cancelar o contrato.
Em julho de 2020, a moradora do DF começou a organizar a festa de casamento, marcada para 27 de julho de 2021. Com o objetivo de ficar deslumbrante, contratou a estilista Juliana Santos para desenhar o tão sonhado vestido. Na época, a noiva morava nos Estados Unidos e o acordo foi feito a distância.
Por meio de vídeos no Instagram, Luanny denunciou o caso, e disse que, “a partir do momento que fechou contrato com a mulher não teve mais sossego”.
Assista ao desabafo:
Luanny conta que, após o contrato ser fechado – e de ter desembolsado R$ 5.900 mil pelo serviço – a profissional não respondia mais às mensagens de texto que ela enviava (veja imagens da conversa abaixo).
A noiva tentou marcar a data da prova do vestido e foi informada de que deveria experimentar a roupa com quatro meses de antecedência. Caso ela não comparecesse na data estipulada, teria de pagar juros em cima do valor do contrato.
Veja prints da conversa entre Luanny e Juliana:
“Como eu estava nos EUA, não tinha condições de vir para o Brasil com essa antecedência. Sendo que, no documento acordado, a data para a prova do vestido estava indicada para 30 dias antes do casamento”, diz.
Angustiada com a situação, a nutricionista rescindiu o contrato no final do ano passado. “Eu comecei a pesquisar sobre a estilista na internet e vi que tinham vários processos contra ela e, por meio de um grupo de noivas, descobri que ela já havia dado calote em outras mulheres. Foi aí que eu percebi que estava entrando em uma fria”, relembra.
Conforme consulta ao site Jusbrasil, o ateliê da costureira responde a cinco processos por danos morais, materiais e rescisão de contrato. Nos comentários de uma publicação feita por Juliana nas redes sociais, usuários comentam que ela seria “caloteira”. Além disso, outra noiva também reclamou sobre os serviços da profissional no site Reclame Aqui.
Veja os comentários:
Luanny alega que, após cancelar o contrato, o ateliê da estilista teria de devolver uma porcentagem do valor pago por ela, em torno de R$ 4 mil, mas a nutricionista nunca recebeu esse dinheiro. “Ela prometeu me devolver a quantia a partir de janeiro de 2021. Até combinamos que o valor poderia ser parcelado, mas ela não cumpriu com o acordo”, alega.
Em abril, a noiva entrou com processo na Justiça contra Juliana e, em junho, ocorreu uma audiência virtual para resolver o caso. “Nessa sessão, ela alegou que não me pagou por causa da pandemia. Sendo que, semanas depois da audiência, ela estava viajando para Paris e até trocou de celular. Eu acho que foi uma desculpa para ela se fazer de vítima”, desabafa.
Sem o vestido de noiva, Luanny contratou outro ateliê, localizado em São Paulo, para produzir a roupa e pagou em torno de R$ 6 mil. “Eu tive o meu vestido dos sonhos por outra estilista. Eu quero justiça”, conta.
1,7 milhão de seguidores no TikTok
A estilista Juliana Santos tem um ateliê em Goiânia (GO) e acumula, no Instagram, cerca de 219 mil seguidores. No TikTok, 1,7 milhão de usuários acompanham as publicações da designer. A profissional, que não tem uma das mãos, ficou conhecida como “fada madrinha” das noivas, por criar projeto para confeccionar vestidos a preço de custo para mulheres com baixa renda.
Em nota, a defesa de Juliana informou que “os fatos que vêm sendo veiculados e imputados às referidas partes não procedem da forma que vem sendo veiculada pela parte adversa”. Além disso, a consultoria jurídica também alegou que parte dos valores penhorados já se encontram à disposição de Luanny para levantamento.
“A Contratante requereu a desconsideração da personalidade jurídica da empresa manifestante com o objetivo de afetar o patrimônio de seus sócios, tendo já sido bloqueado o valor de R$ 3.929,07 (três mil, novecentos e vinte e nove reais e sete centavos) quase que na totalidade dos valores devidos, restando apenas um valor parcial de R$ 450,81 (quatrocentos e cinquenta reais e oitenta e um centavos) para que a Sentença seja plenamente liquidada, valor este que a qualquer momento será pago pela empresa manifestante”, notifica a defesa.
Leia a nota na íntegra:
Nota à Imprensa – Ateliê JS by Thalita Vasconcelos on Scribd
A defesa da Luanny informou que as informações a respeito de valores penhorados ainda não estão disponíveis no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), uma vez que ainda não houve documentação juntada ao processo.